Historia Natural Médica da Índia Ocidental

ácidos, chamados Caraguatá, e o seu licor destilado, dado aos poucos, às colheradas, com um pouco de tamarindo e mel silvestre. São bons contra os vermes as sementes, os óleos e os xaropes de limões e laranjas. Contra estes e outros males, embora sejam apreciadas as nozes da árvore Angelin por certos animais, por instinto natural, e pelos indígenas mais robustos, contudo, por causa da sua força indômita, requer-se justa dose e preparação. Na verdade, é excessivo o que ultrapassa meio escrópulo, como depois, em seu lugar, com minudência se demonstrará, pois que esta noz é muito amarga; aplica-se ao umbigo, com mais segurança, a sua raspa, que, colocada no ânus, é também de exímia utilidade contra as ascárides; em pouco as extermina por seu amargor.CAPÍTULO XVIDA LUES ÍNDICAÉ doença que se contrai não só pelo contágio proveniente do coito, ou por mal hereditário transmitido de pais a filhos, mas também pelo mais leve contato e por si mesma; oriunda, sobretudo, do alimento estragado e salgado, da bebida râncida e deteriorada. Faz, devastações não só entre os africanos e americanos, como também entre os lusitanos e flamengos; infesta todo o corpo com tumores cirrosos e úlceras virulentas. Esta lues é endêmica nesta região; chamada também Bubas pelos espanhóis, e Miá pelos brasileiros. Como rapidamente sara, somente com remédios indígenas, assim mais rapidamente contamina que a chamada lues gálica, introduzida aqui entre os aborígines. Não é meu propósito falar dela, mas da presente, que, embora em certos pontos convenha com ela, contudo bastante difere nos acidentes e na cura. Os empíricos, no início, negligenciaram-na de propósito; crêem que a tenacidade do humor, no qual se fixa o aguilhão do mal, requer o intervalo de algumas semanas para a preparação. Entrementes proíbem a vida intemperada; receitam banhos de água quente; mandam evitar empenhadamente o frio noturno, para que a respiração não seja impedida; prescre-