parte, elevados preços, e os Diretores Gerais mostraram semblantes muito alegres, na Holanda, quando o Príncipe em 1638 lhes comunicou que havia sido arrecadado o total de dois milhões de florins.Já antes da publicação do edito de confiscação, tinha o Statthalter lançado uma proclamação em que concitava todos os antigos habitantes de Pernambuco, que a guerra havia afugentado de seus lares, a voltarem para a Capitania. O governo lhes prometia liberdade de crença, restituição de suas propriedades e inteira igualdade de direitos, em relação aos Holandeses. O apelo a princípio produziu apenas insignificantes efeitos. Mas, com o correr do tempo, os fugitivos, de primeiro muito desconfiados, foram regressando, e não tiveram de se arrepender do passo dado.Se na primeira metade do ano 1637 o cultivo da cana-de-açúcar não progrediu, deve-se atribuir isso não só à devastação das plantações sistematicamente levada a efeito pelos depredadores inimigos, mas também à grande escassez de trabalhadores negros. Os seis anos de contínua guerra haviam espalhado aos quatro ventos os escravos que trabalhavam na agricultura. Uns haviam sido aprisionados pelos Holandeses, e estavam agora a serviço de seus novos senhores; outros tinham sido levados no arrastão pelas tropas portuguesas em retirada para o Sul; a maior parte, porém, se achava refugiada nas matas onde, entregue à rapinagem, se congregava em bandos, que iam constantemente crescendo e, por vezes, infligiam sensíveis perdas às tropas enviadas em sua perseguição.Como de toda parte fosse agora o Governo do Recife atormentado para cuidar de um suprimento regular de escravos, resolveu João Maurício lançar mão de um meio drástico a fim de remediar a falta de negros. O chefe da esquadra recebeu ordem de aprontar nove
O Domínio colonial hollandez no Brasil
Escrito por Watjen, Hermann e publicado por Companhia Editora Nacional