O Domínio colonial hollandez no Brasil

Escrito por Watjen, Hermann e publicado por Companhia Editora Nacional

Página 133


"Contudo Rojas julgou de melhor alvitre, ir pelo seguro". 1 Ordenou que se mantivesse o rumo Sul, e Lichthardt com sete navios aprestados às carreiras seguiu-lhe no encalço com o fim de dificultar ao Espanhol o mais que pudesse o desembarque nas partes holandesas da região.Apesar de tudo, Rojas y Borja conseguiu desembarcar as suas tropas, no princípio de 1636, em Jaraguá, pequeno porto alagoano. Sem prestar ouvidos aos conselhos dos Portugueses que foram ao seu encontro, procurou o impetuoso comandante em chefe, ávido de façanhas, imediato contato com os holandeses, correndo assim para a própria ruína. Singrou para Porto Calvo, em cuja proximidade pouco antes Schkopp lutara com a retaguarda de Albuquerque. A sudeste daí se achavam os regimentos de Artichofsky, em Paripueira, em posições bem entrincheiradas. Não se julgando Schkopp bastante forte para oferecer batalha a Rojas, foi ordenado a Artichofsky decampar para Porto Calvo. Em sua marcha para aí, na tarde de 17 de Janeiro, inesperadamente encontrou-se o fidalgo polonês com o inimigo, o que se deu junto a Mata Redonda (a 2 milhas de Porto Calvo). Ao amanhecer do dia seguinte começou a batalha campal, que terminou com a derrota completa dos Espanhóis. Quando os holandeses examinaram o campo, encontraram entre os tombados na peleja, também o cadáver de Rojas. 2 A vitória de Artichofsky não teve o efeito esperado pelo Governo do Recife. As forças destroçadas do corpo expedicionário espanhol que se haviam refugiado na mata virgem alcançaram Alagoas e lá se uniram


  1. Nota 114: Handelmann, p. 167.

  2. Nota 115: Sobre a bat. de Malta Redonda: Cornelis van den Brande, 8 Fev Joh. v.Serooskerken, 13 Fev., Cons. Pol., 21 Fev., Artich, 13 Junho 1636. Todas ao Consã. de XIX. W. I. C. O. C. nr. 51. Também aí as cartas citadas adiante.