O Domínio colonial hollandez no Brasil

Escrito por Watjen, Hermann e publicado por Companhia Editora Nacional

Página 127


e as de mar para 42 vasos com uma guarnição de 1.500 marinheiros, deixaram Ceulen e Gijsselingh o Recife, a 1 de Setembro de 1634, depois de completo o tempo de serviço que lhes fora marcado. A direção dos negócios públicos haviam eles depositado nas mãos do Conselho Político 1. Este contava nesse tempo apenas cinco membros: Servatius Carpentier, Willem Schotte, Jacob Stachouwer, Balthasar Wyntgens e Ippo Eyssens. De regresso à pátria puderam os Diretores em seus relatórios salientar que as operações de guerra empreendidas, em mar e terra, desde o começo do ano 1634, haviam sido coroadas de belo êxito, e que grandes quantidades de açúcar e pau Brasil tinham sido apresadas. Segundo os seus cálculos o valor do açúcar embarcado de Janeiro de 1633 a Agosto de 1634 atingiu a 1.655.700 florins, o da madeira brasileira remetida 72.000 florins, enquanto que a venda pública dos barcos portugueses e espanhóis capturados produzira a soma de 514.000 florins 2.Com satisfação recebeu a W. I. C. ao mesmo tempo a comunicação de que também a ilha Curaçao (das Índias Ocidentais) se havia tornado sua possessão. Johannes van Walbeeck, que fora antes conselheiro no Recife, assumiu a representação dos interesses da Companhia nesta ilha, que oferecia uma excelente base para as operações de guerra de Corso no mar das Caraíbas. 3.Fernando Noronha, a grande ilha brasileira situada a Nordeste de Olinda, ocupada temporariamente no ano 1629, deve logo depois ter sido tomada. Sabe-se com certeza que o Conselho dos XIX em 1631 encarregou


  1. Nota 102: Brandenburger I, p. 42; Constatt, p. 456.

  2. Nota 103: Estas cifras vêm também em de Laet, p. 399 f.

  3. Nota 104: Walbeeck à Cam. Zel.; 27 de Agosto 1634 (notícia circunstanciada dessa conquista) W. I. C. O. C. Nr. 50.