O Domínio colonial hollandez no Brasil

Escrito por Watjen, Hermann e publicado por Companhia Editora Nacional

Página 126


tão pouco rendia, apesar das remessas do açúcar apreendido, riscara dos pedidos de recursos que lhe eram feitos, quase metade.D'esta forma, a falta de tropas e de provisões se tornara outra vez muito sensível.Os representantes da Companhia, de sua parte, se queixavam do espantoso fornecimento de forças combatentes para as guarnições do Brasil 1. Numerosos soldados, jovens, eram vitimados pela malignidade do clima e sobretudo pelas deploráveis condições sanitárias dominantes. Gijsselingh calculava a perda anual dos recrutas em cerca de 40%. Só de uma Companhia, forte de 160 homens, informa van Ceulen, em muito breve espaço de tempo não menos de 90 soldados haviam sido sacrificados. Somente em casos isolados tinham os esforços dos chefes de serviço sido bem sucedidos, mediante aumento de soldo (2 florins por mês), em induzir soldados, que já haviam completado o seu tempo, a continuarem a servir."Mal um navio se apresta para partir", escreve Willem Schotte em Junho de 1634, "logo nos assalta o velho pessoal para que o deixemos partir". Ninguém queria servir em Pernambuco mais de três anos viagem de ida e volta inclusive. 2 As insistentes representações do Governo Recifense encontraram eco, por fim, na Holanda. O Conselho dos XIX tratou de ativar o transporte para o Brasil e enviou munições de guerra bem como víveres. Às tropas destinadas às terras coloniais foram dados oficiais experimentados na arte da guerra. Quando as forças de terra se achavam aumentadas para mais de 4.000 soldados


  1. Nota 100: Ceulen e Carpentier à Câmara Zeelandesa, 8 Abril. Schkopp, Gijsselingh e Schotte à Diret. em Midelburgo, 3 e 4 de Junho 1634. Tudo W. I. C. O C. Nr. 50.

  2. Nota 101: Já em 1632 disso se queixava o Conselho Político.