O Domínio colonial hollandez no Brasil

Escrito por Watjen, Hermann e publicado por Companhia Editora Nacional

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cabeça da lista dos mortos o nome de Francisco de Valecilla.A fadiga de ambos os lados foi tal que ninguém sentiu mais o desejo de continuar o combate. Thijssen navegou diretamente para o Recife onde a notícia do resultado da batalha naval já havia chegado, causando grande alvoroço. Temia-se que os Espanhóis agora viessem atacar o Recife, por mar e por terra. E este temor cresceu quando Waerdenburch recebeu comunicação de que Oquendo tinha desembarcado na Paraíba o Conde Bagnuolo bem como o destacamento de tropas destinado a Pernambuco. Mas o Almirante espanhol não se sentiu mais disposto a travar nova luta; os seus navios tomaram o rumo das Índias Ocidentais, em execução à incumbência mais importante de Olivares, o comboio da frota de prata, (i. e. dos galeões do México).O combate naval de 12 de Setembro de 1631, é muito diversamente julgado pelos escritores seus contemporâneos. Enquanto Santa Teresa, tão apaixonado defensor dos interesses portugueses, diz: "Pater perdeu a vida, mas não a vitória", vê o holandês de Laet em Oquendo o vencedor. Calf , Carpentier Thijssen e Serooskerken, em seus prolixos relatórios à W. I. C. apresentam o sucesso como uma ação indecisa. Eles lamentam a morte do denodado Pater e convêm em que ele avaliou mal as forças do inimigo; mas não dão a frota holandesa como batida. Em todo caso, Thijssen havia trazido para o Recife uma presa tão valiosa, como a "Buonaventura", carregada de açúcar, tabaco, madeira e gengibre, e que se achava em condições de ser incorporada à força naval da W. I. C. em substituição a uma das unidades perdidas.A Corte de Madri e a Espanha Oficial festejaram a batalha naval como uma grande vitória de suas