de que o adversário lhe era inferior em forças, ordenou Pater o ataque ao amanhecer do dia 12. A força naval espanhola não contava, porém, apenas 8 galeões, como o almirante holandês acreditara, mas consistia em 17 galeões, 12 caravelas e 24 navios mercantes em sua maior parte carregados de açúcar, que navegavam sob sua guarda. Em vista da superioridade numérica dos Espanhóis, diversos capitães holandeses desanimaram e detiveram-se, para não serem obrigados a combater fora do alcance dos tiros 1. Mas o heroísmo de Pater e de Thijssen salvou a honra do pavilhão holandês. Eles se arrojaram sobre as duas capitânias espanholas. Seguiu-se uma peleja mortífera em que o navio almirante de Pater foi presa das chamas e ele próprio "perfide a suis desertus" 2 achou a morte nas ondas.Neste entrementes Thijssen se empenhava em luta com o vice-almirante espanhol Valecilla. Meteu o galeão a pique, afundou mais outro navio e apoderou-se ainda do "Buonaventura" opimamente carregado, nele içando a bandeira holandesa. Sobrevindo o escurecer do dia, os dois adversários foram obrigados a interromper a batalha. Holandeses e Espanhóis haviam sofrido pesadas perdas. Da Companhia dois navios e três galeões repousavam no fundo do mar. Segundo a informação de Richshoffer, a frota da W. I. C. perdeu para mais de 500 homens, entre mortos e feridos. Estimativas espanholas calcularam as perdas de Oquendo em 1.500 homens, figurando na
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Nota 76: Sobre a batalha naval de 12 de Set. 1631 conf. Cartas de Joris Adriaanszoon Calf de 3 de Out., Servatius Carpentier, de 7 de Out., Marten Thijssen e Th. Serooskerken de 8 de Out. 1631. Todas são dirig. ao Cons. dos XIX ou a Câmara da Zeelândia. Ou ainda: Brito Freyre, p. 212 ff; Raphael Jesus, p. 67 ff, Sauta Teresa I, p. 115 ff; de Laet, p. 240; Richshoffer, p. 112 ff; Netscher, p. 56 ff; Varnhagen, p. 74 ff; Edmundson, Eng. Hist. Rev. XV, p. 42 ff.
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Nota 77: Antonii Thysii, Historia Navalis (1657), p. 263.
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