voltados para o teatro da guerra européia. Os apertos da região colonial portuguesa não passavam para ele de ninharias. Demais, Olivares estava firmemente convencido de que as finanças da W. I. C. não permitiriam em absoluto a prossecução de uma séria política de conquista no Brasil. 1 Sobre este ponto, na realidade, cedo devia ele receber uma lição. A esquadra de socorro tão ansiosamente esperada no Recife, entrou em Pernambuco, em formatura, entre 10 de Dezembro e 14 de Abril de 1631. Contava 16 barcos de vela e os nomes de seus chefes Adriaan Janszoon Pater e Marteun Thijszoon (Thijssen) eram segura garantia de que a navegação espano-portuguesa nas águas sul-americanas e das Índias Ocidentais passariam novamente a ter os seus maus quartos-de-hora.Quando em Madrid correu o boato que Pater tinha recebido a incumbência de aprisionar a frota-de-prata, começou então Olivares a observar o caso brasileiro com outros olhos. Deu então ordem a Antônio Oquendo de organizar uma armada em Lisboa. Se bem que o principal empenho devesse consistir na proteção à frota de prata, em todo caso o Brasil setentrional foi também com isso favorecido, porquanto a ordem expedida à Armada era navegar primeiro até a Bahia e lá desembarcar 2.000 homens.Sem encontrar oposição, chegou o almirante espanhol à Bahia de Todos os Santos. Ali foi ele descoberto pela espionagem holandesa. Imediatamente o Governo encarregou a Pater de navegar ao encontro do Espanhol e provocá-lo ao combate. Depois de longa procura, teve ele a sorte de à tardinha do dia 11 de Setembro de 1631 divisar na costa o inimigo que seguia com rumo a Pernambuco. Na suposição
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Nota 75: Netscher p. 53; Edmundson, Eng. Hist. Rev. XV, p. 38.
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