de Olinda, colocada no alto e dando as costas para colinas cobertas de matas, não poderia ser por muito tempo defendida contra um inimigo, a quem fortalecia nervos e músculos a justificada esperança de socorro da metrópole. Cautelosamente procurou-se sugerir à Diretoria Geral na Holanda a idéia de uma eventual entrega dessa praça e conseqüente concentração de todas as forças combatentes no Recife e sobre Antônio Vaz.Mas da evacuação de Olinda nada quiseram saber os Diretores. As primeiras notícias de Pernambuco haviam exaltado os seus ânimos, e como os sucessos até então obtidos não lhes satisfaziam a ambição instigaram eles Loncq e Waerdenburch a novos cometimentos. Aos oficiais e empregados foi expedida a ordem, de por todos os modos, captarem as simpatias dos habitantes e os incentivarem ao trabalho, - este era o ponto vital -, a fim de que os engenhos de açúcar paralisados em conseqüência da invasão fossem o mais cedo possível postos a funcionar. Quanto a víveres, material de construção e medicamentos, disso se cuidaria. 1 Mas a promessa não foi cumprida. Tão poucas provisões vieram da Holanda nos meses de verão de 1630, que a penúria atingiu a um grau alarmante. Richshoffer nos informa que para apaziguar a fome atroz, a população foi forçada a devorar gatos e até ratos. 2 E com toda esta miséria, a situação militar ficou a mesma. Freqüentemente repeliam os Holandeses com vantagem os ataques, mas com toda a sua bravura, outro resultado não conseguiam a não
O Domínio colonial hollandez no Brasil
Escrito por Watjen, Hermann e publicado por Companhia Editora Nacional