Distante uma milha de Olinda e Recife, em um ponto que, pela sua posição, numa região cercada pelos rios Beberibe e Capibaribe, oferecia excelentes condições para a observação das operações dos Holandeses assentou Albuquerque um seguro acampamento com as poucas tropas que ainda lhe restavam. Dedicou-o ao Salvador e deu-lhe o nome de "Arraial do Bom Jesus". De todos os lados, de Olinda, Recife, das vilas e campos de plantação de canas circunvizinhos, até mesmo do Norte, da Capitania da Paraíba acorriam-lhe forças auxiliadoras. Quando se lhe puseram à disposição homens como Martim Soares Moreno, Luiz Barbalho, João Fernandes Vieira e o chefe Índio Felippe Camarão, pôde então Albuquerque pensar em ocupar as estradas que comunicavam a costa com o interior, no propósito de interceptar o abastecimento de víveres da própria terra, ao inimigo. Ao mesmo tempo começaram os seus partidários uma viva guerra de emboscada contra os Holandeses. E assim obrigou ele os invasores a uma vigilância mais aturada e entravou extrordinariamente a sua liberdade de movimentos.Em tão difíceis circunstâncias de aprovisionamento de gêneros, com falta de água potável, lenha, carne fresca e frutas foi para a Expedição de Loncq da maior importância a entrada no porto do Recife, a 11 de Março, de nove navios com tropas frescas e abundantes mantimentos. Foi des'arte aliviada a primeira situação penosa. Agora tinha Waerdenburch bastantes elementos à mão, para empreender uma investida contra o "Arraial". A tentativa, porém, de apoderar-se dessa posição fortificada fracassou deploravelmente. Ataques e escaramuças com bandos erradios não deixavam aos holandeses, daí por diante, um momento de descanso. Ainda mais, a insegurança
O Domínio colonial hollandez no Brasil
Escrito por Watjen, Hermann e publicado por Companhia Editora Nacional