ordenara o aparelhamento de uma nova força naval, na justa previsão de que a Coroa Espanhola haveria de mover céus e terras para readquirir a jóia brasileira que lhe tinham arrebatado. Condições atmosféricas desfavoráveis e outros incidentes haviam retardado a partida de Boudewijn Hendrikszoon. Assim chegou ele fora de tempo. Já o desastre se tinha dado, e muito a seu pesar, viu-se o comandante da frota holandesa impossibilitado de empenhar combate com o adversário. Os Espanhóis e Portugueses não lhe estavam somente superiores em número de navios e bocas de fogo, tinham também aproximado os seus barcos para tão perto dos Fortes que galeões e caravelas ficavam sob a proteção dos canhões que os guarneciam. Em tais circunstâncias julgou o chefe holandês, de melhor alvitre evitar um choque. Velejou para as Índias Ocidentais, realizou um ataque à cidade de Porto Rico, depois do que, os navios regressaram à Holanda.Antes de se conhecer na pátria o resultado da expedição de Boudewijn, havia a Companhia mandado uma nova esquadra à Bahia de Todos os Santos, confiada ao comando do audaz lobo-do-mar (?) Piet Hein. Após um cruzeiro mais demorado na costa ocidental da África, apareceu ele de repente, em princípio de Março de 1627 defronte da Bahia. Os espanhóis e portugueses foram prevenidos a tempo e os seus navios se achavam outra vez fundeados nas imediações das baterias de terra. O almirante holandês lançou-se pelo meio adentro da frota espano-portuguesa.Na refrega que então ardeu durante três horas, os canhões das fortalezas e das outras posições fortificadas da Cidade não puderam entrar eficientemente
O Domínio colonial hollandez no Brasil
Escrito por Watjen, Hermann e publicado por Companhia Editora Nacional