de verdadeiros príncipes soberanos. Infundiam terror aos colonos e só pensavam em desfrutar as vantagens de que gozavam. Outros, ao contrário, viviam em tais aperturas financeiras que ainda se o quisessem nada poderiam fazer pelo desenvolvimento de suas Capitanias e só com grande esforço mantinham a própria posição. Outro mal foi a insubordinação dos presos deportados, pouco apropriados ao trabalho da colonização, e de que se lançou mão para o povoamento do Brasil na falta de outros imigrantes. Assim, ao Governo não restou outra saída senão nomear um Governador Geral, e confiar às suas mãos as redes da administração brasileira.Em 1549 foi pelo monarca investido nesse cargo Tomé de Souza, homem que soube com rara habilidade sujeitar à sua vontade donatários e colonos. Fundou ele na pitoresca Bahia de Todos os Santos a cidade da Bahia, que veio a ser a sede do Governo, do bispado brasileiro e do mais alto Tribunal de Justiça; o empório central da primeira "Capitania Régia" e o principal porto do país.Bem se sabia na Holanda que a conquista dessa Capital tão bem defendida por fortalezas só se poderia efetuar com poderosos elementos de combate, e por isso a W. I. C. teve de puxar fortemente pelos cordões da bolsa. No correr do ano 1623 uma frota de 23 navios e alguns iates rápidos veleiros foi equipada, sendo o seu comando confiado ao Almirante Jacob Willekens, de Amsterdã 1. Acompanhou-o como Vice-Almirante, Pieter Pieterszoon Hein (Piet Hein) que tanto se celebrizou depois, enquanto que o comando geral das tropas de desembarque foi dado a Jan van Dorth.
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Nota 39: Dados precisos em de Laet, p. 7 f
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