Documentos Holandeses

Escrito por diversos autores e publicado por Serviço de Documentação do Ministério da Educação e Saúde

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e a mesma energia; nossos navios, favorecidos por um bom vento, entraram no rio sem acidente algum, e uma companhia de soldados que eles tinham a bordo, foi imediatamente desembarcada e tirou ao inimigo toda vantagem. Nesse ínterim, a maioria das tropas, desembarcadas em Porto Negro, e acompanhadas por nosso confrade sr. van Ceulen e pelo tenente-general Byma, após uma marcha das mais difíceis e fatigantes através de dunas arenosas e sob um sol ardente, chegaram nesta mesma tarde diante da cidadela, graças, sobretudo, à grande atividade e grande zelo que o sr. tenente-general Byma não deixou de demonstrar durante toda esta expedição. Tendo, assim, a tropa acima citada chegado, à tarde, diante da cidadela, deliberou não aproximar-se e deter-se, no que teve grande sorte graças a algumas dunas, a uma distância de um tiro de fuzil. Nos dias 9 e 10, durante a noite, andaram os nossos ocupadíssimos com a construção de baterias e assentamento das peças de canhão, provenientes, em maioria, de nossos navios; mas das 4 peças, de que os nossos, entrando no rio, se tinham apoderado com uma grande quantidade de munições de guerra em 2 caravelas, 2 eram de metal de 18 libras de ferro, montadas em suas carretas. Encontraram também mais de 70 barris de pólvora. Estas peças foram assentadas numa bateria, e mais duas baterias, cada uma de 2 peças, foram construídas e munidas da pólvora espanhola conquistada, de modo que a 11 de dezembro pusemos em ação, durante a metade do dia, os canhões de 3 baterias, de duas peças cada uma, e fizemos uma brecha considerável na cidadela; já havíamos antes lançado também algumas granadas, muito poucas das quais, entretanto, haviam caído na cidadela, mas as que lá caíram, fizeram grandes estragos. Na noite de 11, os nossos estiveram muito ocupados com a construção de uma 4.a bateria, mas o inimigo, considerando no dia seguinte, pela manhã, a grande perda que acabara de experimentar na véspera, ao passo que nesse dia teria de contar com um canhoneio mais rude ainda, içou, a 12 de dezembro, uma bandeira branca em cima da cidadela, enviando um oficial com uma carta em que pedia para parlamentar e ter uma trégua, que lhe foi concedida pelo espaço de uma hora. Procurou-nos, então, um capitão deles com alguns oficiais, e nosso capitão Maulpas foi, como