chegou aqui com as pequenas embarcações, o coronel e o comandante subiram o rio até 2 ou 3 léguas além daqui, onde também encontraram um armazém com grande quantidade de açúcar, cerca de 200 caixas, segundo seu cálculo, mas os Portugueses já haviam deitado fogo a tudo, de modo que não se pode salvar senão uma caixa única que se achava a margem para ser embarcada. No rio estava uma pequena barca com 11 caixas de açúcar; esta barca eles a conduziram e fizeram voltar sem ter tido o menor combate. Os açúcares encontrados aqui foram imediatamente embarcados e postos a bordo de nossos "yachts" e depois de terem todas as nossas tropas passado para a outra margem, mandamos atear fogo a pequena barca em que encontráramos os açúcares, assim como ao barco e a uma pequena quantidade de mastros, lemes e outros objetos do mesmo gênero; também incendiamos um navio de bom tamanho, vindo de Angola com 300 negros para Barra Grande, onde haviam sido desembarcados os negros; mas, esse navio, vendo que nos dirigíamos para Barra Grande, saiu de lá e entrou em Porto de Pedras; aí os Portugueses o abandonaram e deixaram esse porto na mesma tarde em uma pequena barca na qual levaram a maior parte de suas bagagens; logramos, todavia, alcançá-los, como será relatado mais abaixo. Depois que 3 ou 4 dias se passaram na execução do que precede, pusemo-nos de novo em marcha para a frente, de Porto Calvo para Camaricibi e como tivéssemos em nosso caminho o pequeno rio Tatu Amunsá para atravessar, expedimos a chalupa "La Cloporte", que lá devia chegar pelo interior do recife, a fim de nos fazer atravessar o dito rio, enquanto os "yachts" para lá se dirigiram pelo exterior, isto é, por mar. Quando chegávamos ao pequeno rio, faltou profundidade a chalupa, de modo que, em conseqüência da água baixa, ela encalhou. Depois de procurar por muito tempo, encontramos, enfim, um lugar onde, entrando na água até a metade do corpo, pudemos passar o rio a vau; aí o sr. Gyselingh passou para a outra margem com o coronel e duas companhias de fuzileiros, mas, subindo muito a água, o resto da nossa tropa foi obrigada a esperar até que a chalupa desencalhasse de novo a fim de transportá-la, o que se realizou então. A tropa que passara primeiro, achou do outro lado do rio um pequeno povoado com algumas casas e uma igrejinha, mas os Portugueses haviam
Documentos Holandeses
Escrito por diversos autores e publicado por Serviço de Documentação do Ministério da Educação e Saúde