ANEXO AO DOCUMENTO ANTECEDENTE Narração da morte do almirante Pater, por Jacob Janssen Hes, sem data, mas encontrada entre documentos recebidos em abril de 1632. No ano de 1631 de Nosso Senhor, a primeiro de setembro, se me não falha a memória, com a graça de Deus fizemo-nos a vela diante da cidade de Parnabock com 16 navios para ir a procura de nosso inimigo; resolvera-se atacar nosso inimigo na Bahia e, assim com tempo e vento propícios chegamos à altura da Bahia e aí encontramos um dos nossos "yatchs" que informou que a frota espanhola estava em alto mar e que ele estivera muito perto dela; desta forma a ida até à altura da Bahia fora inútil e resolvemos então perseguir o inimigo e continuamos nossa rota para o sul, porque soprando o vento para este os inimigos não podiam ir ao longo da costa em direção ao norte; perseguimo-los e encontramo-los a 11 de setembro à tarde, cerca de uma hora antes do por do sol, a altura de 17 graus, sendo demasiado tarde para realizar qualquer cousa de extraordinário; içamos, pois, nossas velas e preparamos nossos navios para combater, e, mais ou menos à meia-noite, deixamo-nos levar pelo vento para estarmos próximos dele pela manhã, como aconteceu; ficava-mo-lhes a barlavento, mais ou menos a uma légua de distância; foi dado então, o sinal de que todos os patrões e capitães de navio deviam vir a bordo da nau capitânia, o que fizeram, sendo, então resolvida a maneira segundo a qual cada um teria de conduzir-se e com quem abordaria após o que cada qual voltou para bordo de seu navio; foi então feita a prece e viemos ao vento para aproximarmo-nos deles e o primeiro que encontramos foi o vice-almirante da frota espanhola; logo Marten Thijssen, almirante dos nossos navios, chega e aborda-o, tendo nós de passar a frota espanhola para chegar perto do nosso almirante; e abordamo-lo em boas condições, deixando tombar a
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