alvacenta, de sabor acre, um pouco amarga, que serve para se comer; não se come a castanha. Esta árvore cortada verte um leite cróceo.IBERA PUTERUNA (termo indígena). Pao ferro (em português). Sua madeira é duríssima, de maneira que faz perder o fio do machado. É uma árvore grande e ramosa; produz folhas alternadamente opostas em ramos; estas folhas medem três ou quatro dedos de comprido; são codiformes, acuminadas, delgadas, verdes claras na frente e um pouco pálidas atrás. Outras informações não existem no autor. UTY (termo indígena). Árvore verde carregada e espinhosa, semelhante quanto à figura e modo de nascer a sorbus aucuparia. Divide-se em muitos ramos e é quase redonda; nos ramos, por sua vez, se acham outros râmulos alternados. Tem folhas mínimas, até menores do que as da segunda espécie de erva viva; são dispostas em ordem e, na extremidade, quase bicornes no que diferem das folhas do tamarindo, que não são bicornes; a estas são semelhantes em sua cor verde carregada; são de ácido sabor, ao passo que as do tamarindo não tem sabor perceptível. Se tivessem sabor ácido e silíquas se assemelhariam a Acácia. Nem sempre as folhas iguais desta árvore são opostas; encontra-se às vezes uma isolada, na ponta do râmulo. Produz flósculos, junto aos râmulos, em forma de cachos; são brancas, com longos estames, de sorte que parecem pilosas ou espinhosas. Tem uma madeira branca e flexível com uma casca gríseia escura, como o sorbus aucuparia.IIT0 (termo indígena). Árvore de caule fusco com muitos pontinhos lúteos, esparsos. Produz folhas opostas, duas a duas, medindo seis, sete, oito ou nove dedos de comprido e um pouco mais de dois na sua maior largura; estas folhas não são dentadas; possuem um nervo bem distinto e proeminente no sentido longitudinal, e veias mutuamente opostas em algumas delas; alternadas, em outras. Dá flores (o autor não as descreve). Depois das flores vem o fruto, do formato de um pequeno figo, do tamanho de bolinhas de jogo, de cor lútea escura; contém este fruto três sementes ovais do tamanho da semente da pêra comum; é coberta por uma cutícula amarela-escura; seu núcleo é alvacento. Nota. Encontra-se uma outra imagem desta árvore (parece que há várias espécies) em Guilherme Piso, no livro de "Facultatibus Simplicium".
História natural do Brasil.
Escrito por Marcgrave, Jorge e publicado por Museu paulista. Imprensa Oficial do Estado