História natural do Brasil.

chifre é pequeno, alvacento, da figura do pão de açúcar, mas um pouco achatado dos lados; duro, tendo o sabor da ervilha. Quando a semente está madura, a silícula se abre e a deita.MANACA (termo indígena). É um arbusto de casca griséia; tronco mediocremente duro, mas frágil, repartido em muitos ramos, e estes, por sua vez, em muitos râmulos dispostos desordenadamente. Neles se encontram folhas semelhantes às da pereira nova, verdes claras; dispostas mais ou menos em copa, com um nervo, no sentido longitudinal, e veias transversais pouco salientes. Produz esta planta uma flor isolada, que procede de um longo cálice, do tamanho de um stufer (?) holandês. Esta flor, que é dividida em cinco folhas, com um pequeno estame no meio, é de cor purpúrea - cerúlea clara ou também branca, porquanto num mesmo arbusto se encontram flores purpúreas-cerúleas e brancas; seu aroma é agradável como as violetas de março. Produz um fruto do tamanho do da uva spina, verde, redondo, coberto de uma casca griséia com cinco fissuras, na parte superior, o que representa uma estrela de cinco ângulos; contém três grãos de semente do tamanho da lentilha ou maiores, de figura elíptica. Esta planta é medicinal; uma sopa misturada com raspas da madeira é purgante enérgico como o da Esula.JABORANDI (termo indígena). É uma outra espécie de arbustiva. Levanta-se com caules da grossura de um dedo ou mais finos, nodosos a longos intervalos, redondos, verdes saturados; junto dos nós, se encontram ramos nodosos e verdes. Nestes e naqueles, nascem folhas como que justapostas ou também alternadas, medindo seis a dez dedos de comprido, verdes carregadas, lustrosas, dando ao tato a sensação de um pergaminho, encurvadas na extremidade, possuindo um nervo, no sentido longitudinal, e veias oblíquas. Sua raiz é lenhosa, fusca, não grande nem grossa, mas sim fina e comprida. Não tem cheiro ou sabor manifesto, porém mastigada queima violentamente a língua, mas do que o Pyrethrum.