História natural do Brasil.

Escrito por Marcgrave, Jorge e publicado por Museu paulista. Imprensa Oficial do Estado

Página 56


A raiz é reta, medindo três a quatro dedos de comprido, tênue, tendo uma ou outraprole anexa. Nota. O autor não havia apresentado a imagem desta planta, mas procuramos delineá-la, servindo-nos de ervas secas, colhidas pelo mesmo.ERVA (O autor não lhe dá o nome). Assim se pode descrever: a uma altura de pé e meio ou mais levantam-se muitos caules, estriados, carregados de vários ramos, cada um dos quais tem um nó, no lugar donde procede do caule. Os ramos são colocados sem ordem; as folhas, na sua origem, são solitárias, oblongas, fastigiadas, cheias de veias, moles, semelhantes à folhas de azeda (oxylapathum); às vezes a uma folha maior se acha anexa uma menor; uma dista da outra cerca de dedo e meio. No alto do caule e extremidade dos ramos, nascem muitas espigas pequenas, verdes, do comprimento de quatro ou cinco dedos, em que se abrem flósculos mínimos, amarelos; são de tal pequenez que cada folíolo da flor não excede em tamanho a ponto de uma agulha.A raiz é branca, lenhosa, sem sabor pronunciado; esta planta é perene e produz novos caules. Consulte-se Mathiol, pág. 446. Nota. O autor não havia deixado imagem alguma desta planta; procurei no entanto, delineá-la, servindo-me de ervas secas colhidas pelo mesmo. Mathiolus, com uma folha indicada pelo autor, descreve um Centaurium minimus, ao qual não se assemelha esta planta; ignoro de que edição fez uso, nem consegui segundo Mathiolus observar uma planta semelhante.