reunindo-se no dia 27 na ilha de Mona aos navios Zutfen, Edam e Hart, todos três subordinados ao comandeur Boon-eter. Da viagem destes diremos no seguinte livro.No princípio de Outubro do corrente ano o yacht Overijssel foi mandado de Pernambuco para a República e fêz-se à vela no dia 1º, levando como capitão Jan Cornelisz. Licht-hart, de, cujos bravos feitos havemos de mais tarde falar freqüentemente, agora nos referindo apenas a um dos primeiros. No dia 23 de Novembro, em frente ao canal entre a França e a Inglaterra, encontrou-se ao amanhecer com cinco navios biscainhos os quais empregaram toda a astúcia para o abordar de improviso. Como lhes fosse perguntado d'onde eram, responderam de Bruage e Hable e que o seu destino era a Terra Nova, o que, considerando-se a época do ano, era completamente absurdo. Mas, notando que o nosso capitão se conservava em guarda, fizeram sinais por meio de tiro de canhão e afastaram-se. Estava então a 4 ou 5 léguas ao norte do cabo Lesart com um vento de lado. Passado o primeiro quarto da noite, avistou três navios que vinham direito sobre ele. Dirigiu-se então para o que estava mais a barlavento, um barco com 12 canhões, o qual sendo perguntado respondeu ser de Middelburgo, ter como destino Bordeaux e que ia em conserva com outro de Vlissingen chamado Pieter Teunisz.Tomou então o rumo de les-nordeste e leste quarta de nordeste. Os três navios estavam por trás do nosso e, quando a sua almirante acendeu dois fogos, todos três se dirigiram para o Overijssel. Quando estavam perto, o nosso capitão perguntou ao homem que acendia os fogos - donde era o navio - e o mesmo respondeu - que era de Amsterdã e tinha como capitão Hendrick Denis e o outro Jan Tijsz van Hoorn-, resposta que deixava desconfiar, pois diferia bastante da resposta do outro barco.Os nossos fizeram mais algumas perguntas e especialmente se havia por ali alguns dunkerquezes e tiveram como resposta que alguns se mantinham entre Kocx-broodt e Goudt-start, pelo que queriam ficar para o proteger e pela manhã mandar cerveja fresca para bordo, Os nossos declararam por sua vez que vinham de Pernambuco.Os dunkerquezes nesse ínterim se mantinham tão junto aos nossos que o seu gurupés se encostara à popa do nosso navio, como querendo agarrar-se ao mesmo. O nosso capitão, tendo notado tudo isso, percebeu bem que eram inimigos e aprontou os canhões e tudo o mais para lhes resistir e, como trocassem sinais e se aproximassem novamente, perguntou-lhes porque, sendo amigos, se lhe agarravam tanto e em seguida procurou saber do general Loncq. Nessa ocasião disseram afinal: arreai a bandeira ao rei da Espanha, ao que os nossos responderam: e arreai a vossa ao Príncipe de Orange.Fizeram fogo sobre o yacht, um após outro, e os nossos lhes responderam. E conquanto a partida fosse muito desigual, um navio e não muito grande contra três, um dos quais com 30 canhões de bronze, outro com 28 e o terceiro com 12, descarregando cada um por sua vez as suas baterias de um
História ou Annaes dos feitos da Companhia Privilegiada das Indias Occidentaes desde o seu começo até o fim do anno de 1636. Vol 33
Escrito por de Laet, Joannes e publicado por Officinas Graphicas da Bibliotheca Nacional