dia 13 de Setembro. Como o almirante visse que a estação já estava adiantada e não havia notícia de uma esquadra espanhola, não era mais capturado um só navio e calculasse bem a quantidade dos viveres existentes a bordo, convocou o conselho secreto, o qual refletindo sobre tudo deliberou: que a esquadra seguisse pelo canal de Bahama para o Oceano, que o almirante com os seus navios, cujos viveres se estavam esgotando, partisse para a República e que o comandeur Boon-eter voltasse para as Antilhas, em cumprimento de sua missão.Ficaram detidos por alguns dias pela calmaria e só no dia 20 alcançaram a latitude das Martyres. No dia 25, estando a 28 graus de latitude, o comandeur separou-se do almirante com os navios Prins Hendrich, Zelândia, Zutfen, Blaeuwe Leeuw, Edam, Pegasus o os yachts Hart Haentjen. Foram com O almirante para a República os seguintes: Fame, Oragnien, Nassauw, Tertolen, Goude Leeuw, Groen-wijf, Goude Sonne, Geele Sonne, Pinas, Graef Ernest, Tiger, Wassende Maen, Otter, Phoenix, Oragnie-Boom. Muyden e Diemen. Todos esses navios chegaram no mês de Novembro á República e aos portos donde haviam saído sem praticar feito algum digno de nota e sem encontrar navios do inimigo. Damos agora em seguida um resumo da viagem dos outros navios.O comandeur Jan Gijsbert Boon-eter foi nomeado no tini do ano passado para navegar diretamente para as Antilhas com uma esquadra de 8 navios, procurar o almirante Pater, reforçar a sua esquadra e juntar-se a este, pois suspeitavam e receavam que por falta de viveres (como realmente acontecera havia muito tempo) tivesse ele de voltar. Aquele almirante haviam sido dadas instruções sobre vários projetos naquela região e a Companhia previa bem que ele as não podia ter ainda posto em execução, pelo qual motivo a esquadra de Boon-eter ia, extraordinariamente provida de viveres, munições e todas as espécies de artigos belecos para os fornecer aos navios que deles tivessem falta Os navios do comandeur iam tripulados e artilhados da maneira seguinte: Prins Hendrich e Zelândia, já mencionados antes; Zutfen, 250 lastros, 14 canhões de bronze e 22 de ferro, 84 marinheiros e 03 soldados, capitão Miewes Cornelisz.; Blaeuwe Leeuw, 120 lastros, 6 canhões de bronze e 20 de ferro. 106 marinheiros e 38 soldados, capitão Jan Luytsz; Edam ou Bul, 170 lastros, 4 canhões de bronze e 12 de ferro, 80 marinheiros e 44 soldados, capitão Benjamin Direksz; Pegasus, 90 lastros, 4 canhões de bronze e 14 de ferro, 55 marinheiros e 32 soldados, capitão Albert Herve; Hart, 70 lastros, 2 canhões de bronze e 12 de ferro, 44 homens, capitão Hendrick Worst; Haentjen, 40 lastros, 12 colubrinas e 33 homens, capitão Rens-Cornelisz. Esses navios não foram juntos. Alguns partiram no mês de Fevereiro, outros em Abril e o próprio comandeur no 1º de Maio e assim se reuniram lentamente e, como já contamos, se juntaram finalmente á esquadra do almirante Pieter Adriaensz, sem que realizassem nada de especial. Como ouvissem em caminho que a esquadra de Pater, para cujo reforço foram mandados, partira para a República e que o almirante Pieter Adriaensz. Estava por ali, apressaram-se em juntar-se a este. Foi apenas
História ou Annaes dos feitos da Companhia Privilegiada das Indias Occidentaes desde o seu começo até o fim do anno de 1636. Vol 33
Escrito por de Laet, Joannes e publicado por Officinas Graphicas da Bibliotheca Nacional