História ou Annaes dos feitos da Companhia Privilegiada das Indias Occidentaes desde o seu começo até o fim do anno de 1636. Vol 33

Escrito por de Laet, Joannes e publicado por Officinas Graphicas da Bibliotheca Nacional

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desobediência, um deles deu-lhe um tiro e ela voltou á noite para Junto da esquadra.Soprou por alguns dias o vento do sul pelo que não somente o nosso General com os navios que estavam com ele, mas lambem o vice-almiranta que se lhe juntara havia pouco e especialmente a esquadra espanhola, foram todos impelidos para nordeste e afastados de Havana.A nossa esquadra viu então pela primeira vez o vice-almiranta com os navios que com ele vieram. Netunus , 'T Post-paerdt , Vergulde Sonne . Munnickendam , Goa Leeuw e Dolfijn , que chegaram, no momento oportuno. Estavam então, segundo calcularam, pelo Pan de Matanza (que é um alto monte, quase da forma de um pão, situado em uma costa, com pouca vegetação e plana) a distância de 8 a 9 léguas dele. No dia. 8 o General ouviu tiros e mandou a barca, a qual voltando trouxe a notícia de que o Wite Leeuw capturara um navio. v indo do Nova Espanha, lendo informados prisioneiros que toda a esquadra da Nova Espanha tão ansiosamente esperada estava ali mão. Ao nascer do sol Coram vistas 10 velas e imediatamente o General aproou para elas. Algumas estavam a sotavento e outras a barlavento e haviam navegado durante toda a noite, sem o saber, sob os canhões da esquadra holandesa. Os nove mais a sotavento foram incontinenti tomados pelos nossos com os botes e chalupas (o que não custou muito). Esses eram uma parte da esquadra da Nova Espanha, cada um dos quais tinha cerca do 40 homens, e estavam carregados de couros, farinha, pão, pau campeche, alguma cochonilha, índigo, etc. Cerca do meio dia, estando o vento do sul quarta de sudeste, com uma brisa forte, viram-se na distância de três ou quatro léguas mais de 8 ou 9 navios a barlavento, que lhes pareceram muito grandes, de sorte que presumiram ser os galeões, que estiveram estacionando portanto tempo no porto da Nova Espanha para descarregar um que sofrera avaria. Os nossos imediatamente lhes deram caça, de maneira que os espanhóis se voltaram para a costa. Fizeram então os nossos o possível para os tirar dali, perdendo-se muito tempo com a tomada desses navios. Os espanhóis aproximaram-se da costa, sendo seguidos pela esquadra neerlandesa.O General navegou com vento em popa, ficando os outros navios em duvida se fariam o mesmo para perseguir os navios que estavam mais a burla vento, a saber quatro galeões e dois outros navios, pelo que seguiram o rumo da costa molhando a vela para lhes tomar o caminho, mas os espanhóis conseguiram entrar antes na baia de Matanza.O General, ao ver isso, cessou de dor caça, mandando que os outros voltassem e dirigiu-se para a sua esquadra. Os espanhóis entraram no porto ás 2 horas da tarde, aí encalhando os navios. Retiraram-se imediatamente para terra os principais deles e todos os que puderam, levando consigo os valores, que conseguiram transportar, para o que as chalupas iam e voltavam a toda pressa. No dia seguinte pelas nove horas entraram na baia o Dolphijn , o Ouwevaer , o Valck o Pinas e pouco depois o vice-almiranta, o Geldria , o almiranta e em seguida o general com o resto da esquadra e acharam os galeões encalhados, Um pouco depois o General deu um tiro