se fizeram em pedaços. A 10 era perto da ponta ele Palmeirinha, obra de uma légua ao sul dela, e aí surgiu. Os nossos tomaram mais uni patacho por meio da chalupa, a fusta rendeu outro, que perdeu-se indo de encontro costa. Depois do a meio-dia meteram a pique dois dos patachos tomados, e em um outro botaram todos os Portugueses doentes, que não podiam prestar serviço. O Commandeur partiu diretamente para Luanda, governando primeiramente ao norte, por evitar os baixos ele Corymba, e depois ao nornordeste. Ao seguinte dia deu fundo arredado duas léguas da costa, e ainda não avistou S. Paulo, nem sua ponta setentrional. A 12 endireitou para, o porto de S. Paulo, mas este dia não Ode entrar. Ao seguinte entraram o Dolphijn Bruyn-Virsh e S. Juan, surgindo em distancia de mais de om tiro de peca dos navios. A 14 veio ter com eles o Thnijn, acompanhado de um patacho que tomara, e foi queimado à vista da cidade. Eis que uma armada de onze navios veio sobre eles pelo canal, encostando-se ao vento, e isto vendo os nossos levantam juntamente as ancoras, e se enviam a eles. Salvaram-se uns aos outros galhardamente; mas durou pouco a briga, que logo os nossos levaram vantagem aos contrários. Queimaram quatro dos navios deles; de se vararam-se na praia a almiranta, vice-almiranta e mais outro navio inimigo; os nossos deram com um outro em seco, e conservaram dois para serem resgatados. Ao outro dia os nossos foram ter à almiranta, vicealmi-ranta e sota-almiranta encalhadas, e às pressas puseram-lhes fogo, apesar dos tiros amiudados que o inimigo fazia dos mesmos navios. À tarde três bateis bem guarnecidos vogaram para o quarto navio encalhado, que foi entrado à viva força, mas, logo após a entrada elos nossos, acudiram os de terra bravamente, e atiraram com tanta fúria, que forca foi abandonarem o navio, sem ter havido tempo ou conjunção de queima-lo. Aqui perdemos três homens, e foram feridos sete, entre os quais o Commandeur . Houveram os nossos às mãos alguns Portugueses, mas não tantos, como deviam ter aprisionado segundo o número elos navios tomados, pois a mor parte dos inimigos se puseram em fugida. E como encalhou um dos nossos patachos, em que estavam três dos nossos, e que foram levados presos a Loanda, o Commandeur propôs trocá-los por três vezes outros tantos Portugueses mas o governador e o bispo não estiveram por isso, e exigiram por aqueles três homens todos os prisioneiros Portugueses e os negros, além dos dois navios, que estavam em nosso poder. A 18 um destes navios foi resgatado por mil oitocentos e sessenta e seis florins, somara que logo foi paga em ouro e prata; e pouco depois o outro por mil novecentos e trinta e oito florins. Dos navios destruídos na Baía houvemos oito peças de artilharia, que foram postas nos iates, quatro em cada um. No canal e em frente da cidade havia ainda, entre navios e barcos, algumas vinte velas; como porém não tinham os nossos um piloto pratico deste porto, era perigosíssimo melhorarem para dentro dele por essas areias e baixos, e além disto os Portugueses haviam levantado na praia duas baterias; assim o Commandeur não achou prudente expor a tamanho perigo os seus navios. A 25 soube ele de um Francês que se pássara para os nossos, que o novo governador N. de Sousa Fernão de Souza) estava
História ou Annaes dos feitos da Companhia Privilegiada das Indias Occidentaes desde o seu começo até o fim do anno de 1636.Vol. 30
Escrito por de Laet, Joannes e publicado por Officinas Graphicas da Bibliotheca Nacional