Fontes para História do Brasil Holandês. A Economia Açucareira.

Escrito por diversos autores e publicado por Cia. Editora de Pernambuco MEC/SPHAN/Fundação Pró-Memória.

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porte; fica perto do engenho por nós antes citado; tem pouca cana e mói com bois e pode anualmente produzir 1.400 a 1.500 arrobas de açúcar, paga 2 em cada mil de recognição. A casa de purgar e a casa das caldeiras são de alvenaria e desmoronadas e nelas nada foi encontrado para a Companhia. Engenho Camaragibe, pertencente a Franco Rodrigues do Porto, que está sob o nosso passaporte; fica 3 milhas mais para o interior de Sirinhaém em direção ao oeste, tem cerca de uma milha de terra, na maior parte matas e montes e poucas várzeas. Mói com água e pode anualmente produzir 2.000 a 3.000 arrobas de açúcar, paga com pensão 2 arrobas em cada mil. Neste engenho encontramos apenas açúcares pertencentes a particulares que estão sob o nosso passaporte. 25 ? Engenho Cocaú, situado mais três milhas em direção às matas, ao oeste do mencionado engenho Camaragibe; pertence a um certo Dom Francisco de Moura, residente nas Índias Ocidentais, a serviço do rei da Espanha. Tem cerca de uma milha de terra, da qual a maior parte são matas. As várzeas estão plantadas com canas e pode produzir 3.000 a 4.000 arrobas de açúcar ; mói com água e o açude é razoável, mas muitas vezes falta água de modo que o engenho não pode moer. Também no inverno dificilmente os açúcares podem ser transportados, porque as estradas ficam intransitáveis; paga de recognição 2 arrobas em cada mil. A casa de purgar e a casa das caldeiras são de taipa e nelas foram encontradas para a Companhia o seguinte : 4 caldeiras grandes, 4 tachos novos, 4 escumadeiras, 2 ditas pequenas, 4 pombas, 2 reminhóis, 2 repartideiras, 2 tachas velhas, 8 bois, 2 vacas e 2 novilhos. negros negras moleques Pedro Moleque, sua mulher e filhas 1 1 2 João, mulher e filho 1 1 1 Antônio Jácomo 1 0 1 Francisco Moleque 1 1 0