Fontes para História do Brasil Holandês. A Economia Açucareira.

Escrito por diversos autores e publicado por Cia. Editora de Pernambuco MEC/SPHAN/Fundação Pró-Memória.

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ao todo 25 caixas, que, com a marca da Companhia, foram mandadas para o Salgado. Este referido engenho ficou, pela partida do senhor do engenho, sem meios e impossibilitado de moer e por isto, para não deixar que os canaviais fossem destruídos totalmente e para ainda obter algum lucro para a Companhia, foi feito um acordo com o principal lavrador, pelo qual ele, com seus negros e outros que pudesse arranjar para este serviço, se obrigava a fazer com que o engenho recomeçasse a moer, para o que lhe seriam reembolsadas todas as despesas, sendo-lhe além disto prometido um bom salário pela sua fiscalização, se ele desse fielmente conta de tudo. Este trabalhou tanto que já está pronta uma boa quantidade de fôrmas e diariamente são feitas outras. Engenho de Três Reis, pertencente a Manuel Vaz Viseu, que recebeu passaporte, fica meia milha mais ao sudoeste do referido engenho Bertioga, mói com água e tem cerca de meia milha de terra, de muitos montes e poucas várzeas. Pode anualmente fazer 2.000 a 3.000 arrobas de açúcar e paga 3 por cento de recognição. 21 " Engenho Maranhão, situado meia milha distante do referido engenho Três Reis, pertencente a um certo castelhano João Tenório, que fugiu com Albuquerque; tem cerca de meia milha de terra de muitos montes e ruim. Mói com água e pode anualmente produzir 2.000 a 3.000 arrobas de açúcar e paga 3 por cento de recognição. A casa de purgar e a casa das caldeiras são de alvenaria e nelas foram encontradas 198 fôrmas, que renderam 170 arrobas de açúcar branco e 42 arrobas de açúcar mascavado, dos quais foram feitas 9 e ½ caixas; e 13 caixas velhas de açúcar mascavado pertencentes ao senhor de engenho, 2 a Leonardo de Oliveira, 1 de um comerciante em Portugal, 6 caixas de açúcar branco pertencentes ainda a algumas pessoas ausentes. Todas elas foram, com a marca da Companhia, mandadas para o Pontal. 22 " Engenho Santo Cosme, pertencente a Antônio Gonçalves da Paz, que fugiu com Albuquerque, situado a meia milha do mencionado engenho Maranhão, tem cerca de três quartos de uma milha de terra, com poucos montes, mas porque fica tão no interior das matas a terra é