Historia Natural Médica da Índia Ocidental

gumelos, mingaus de Tapioca, exsicantes e consolidantes, levam a palma aos demais alimentos medicamentosos. Ajuntem-se-lhes as águas de flores de laranja e Ibabirába. Em lugar da conserva de rosas, costuma empregar-se outra muito excelente, feita de ameixas cheirosas e romãs. É tido como profícuo ao espírito e ao corpo um pequeno passeio por mar ao longo da praia, com céu e mar um tanto calmos.Convém que se faça de diversos modos a preparação do precitado xarope de tabaco, e algumas vezes receba composições diferentes, segundo a variedade das doenças e dos temperamentos. Eu costumava, postas de parte outras coisas, preferir a seguinte receita: suco de tabaco macho recém espremido, 1 libra; 3 onças de caldo de cana de açúcar; 1 onça de mel silvestre (que pela sua agradável acidez supera o oximel). Prepare-se segundo a regra, tendo-se o perpétuo cuidado de fazer primeiro uma bem proporcionada dose de suco de tabaco, pela qual se quebre a propriedade vomitiva, purgativa e qualquer outra propriedade violenta, como se costuma praticar em relação a muitos outros medicamentos fortes.CAPÍTULO IIIDOS MALES DOS OLHOSCom razão deixou Hipócrates mencionado, no seu livro Do Ar, das Águas e dos Lugares, que os males dos olhos, principalmente as oftalmias duras e veementes, são familiares aos habitantes das plagas meridionais e também aos que têm as carnes quentes e secas. As doenças dos olhos, com o embranquecimento ou perda de visão, não ocupam o último lugar entre as primeiras queixas dos recém-chegados às Índias. Destes, alguns deixam de ver ao pôr do sol, porque há menos luz que a necessária, mormente na lua cheia; outros, no crepúsculo matinal. A primeira moléstia é denominada pelos gregos (palavra grega)¹, a outra (palavra grega)² Se houver constante dor de cabeça e não for atacada a tempo com remédios, há perigo de cegueira total; chama-se-lhe Gutta Serena ou (palavra grega).³