NOTA DA TRADUTORAEsta tradução, sugerida por José Honório Rodrigues há mais de vinte anos, já estava pronta em 1954, quando se comemorou, em Recife, o tricentenário da expulsão dos holandeses do Brasil; pensou-se, então, em publicá-la, o que não foi feito. Revi-a, agora, in-teiramente, para esta edição, e as minhas notas que a acompanhavam, vão assinadas com as minhas iniciais.Todos os nomes próprios e geográficos, em especial, aparecem muito deformados nos textos impressos de Moreau, e de Baro; sempre que perfeitamente identificados, fo-ram corrigidos, sem se fazer disso menção especial em notas. Quando não se trata de sim-ples deformação, mas de erro do autor, dou o nome certo no texto traduzido, e registro, em nota, como aparece no original. As notas são de minha exclusiva responsabilidade e apenas explicativas, de acordo com os critérios que adotei na tradução.O V, na edição setecentista, muitas vezes está em lugar do U; isso tornou difícil a leitura dos nomes indígenas na Relação da Viagem ao País dos Tapuias, de Roulox Baro, traduzida do holandês para o francês por Pierre Moreau, e publicada em aditamento à sua obra. Assim, por exemplo, Vvayupu e Vvau, tanto poderiam ser Uvayupu e Uvau, como Vuajupu e Vuau. Figuram como estão no original, mas são grifados.Como Moreau não foi o que se poderia classificar de um estilista, abrimos outros parágrafos além dos marcados pelo autor, para tornar mais leve a impressão. O mesmo em relação à pontuação, de certo ponto modernizada, a bem da clareza e da facilidade do leitor de hoje.Existe uma tradução completa, em português, das obras de Baro e de Moreau, feita pelo Major Mário Barreto e publicada no Boletim do Estado Maior do Exército, vol. XXII, n° 1, Janeiro a março de 1923, 123-140; aí a Viagem de Baro vem antes da História de Moreau, invertendo-se a ordem em que aparecem no original.Em 1954, José Honório deu-me o Boletim acima referido para que eu fizesse um confronto da minha tradução com a do Major Mário Barreto. Este incidiu em vários erros, que me escusei de assinalar em notas, registrando apenas as nossas discordâncias, quando tive dúvidas quanto à tradução correta.Restringindo-me, quanto aos erros, apenas ao exemplo da primeira página da tra-ducão do Major Mário Barreto da Relação da Viagem de Baro, o dia 3 (le troisiéme) de abril aparece como 13°; o Tenente Coronel Garsman, como Garfuran; o 6° dia, como 16° dia; o 7° dia como 17; os 8° e 9° dias, como 18 e 19; seguidos pelos dias 10 e depois 16, traduzidos acertadamente.Na tradução da História de Moreau, no Boletim citado, ainda como exemplo, cha-marei a atenção do Leitor interessado para o seguinte: na pág. 164 há pulo, omitindo-se na frase que começa "Que se acontecia que alguns quisessem obter dinheiro...", as palavras "e desta forma os comerciantes perdiam oitenta libras por cento"; na pág. 166, Amador de Araújo aparece como Amador de Aragão; na pág. 167, o Capitão Vander Voorde aparece como Vaudervorde; na pág. 169, Lichthart aparece como Leithart; na pág. 170, van Loo aparece como Veulo; na pág. 171, o Capitão Blaer aparece como Blacque. Quase sempre o Major Mário Barreto deixou nomes errados como estão impressos na edição
História das últimas lutas no Brasil entre holandeses e portugueses
Escrito por Moreau, Pierre; Baro, Rouloux e publicado por Ed. Itatiaia. Ed. da Universidade de São Paulo