para dar às Capitanias esgotadas pela prolongada guerra a plenitude de sua capacidade produtora, para dirimir a oposição entre holandeses e portugueses, bem como apaziguar as tribos indígenas atraídas para a grande luta, e fazê-las voltar aos pacíficos labores agrícolas 1.Quando o Statthalter, na primeira carta que mandou de Pernambuco, manifestou a opinião de que o Brasil criteriosamente administrado poderia vir a ser a melhor fonte de renda para a W. I. C, não fez mais do que exprimir o parecer partilhado por todos os conhecedores da terra. Para, entretanto, tornar possível semelhante desenvolvimento, era mister expelir da Nova Holanda os asseclas de Bagnuolo e fortificar as fronteiras Norte e Sul da região contra as incursões do inimigo. A Colônia ansiava por paz. Dela necessitava para que a população, atormentada de constantes ataques e depredações, e de mais a mais, reduzida à completa apatia em muitos lugares, pudesse deixar os seus refúgios, regressar às aldeias abandonadas e retomar o seu trabalho.A deplorável condição da indústria fabril do açúcar, cuja revivescência constituía o empenho máximo da W.I.C., e de cuja sorte dependia em primeiro plano o bem ou o mal dos holandeses no Brasil, impeliu João Maurício, mais que outra qualquer coisa, a lançar-se sem detença contra o adversário, no intento de libertar quanto antes a Nova Holanda dos contumazes incendiários que a afligiam.Tendo recebido aviso que Bagnuolo com 4.000 portugueses e nativos armados se havia estabelecido em fortes posições nas proximidades de Porto Calvo, o
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Nota 130: Kalff, p. 280.
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