O Domínio colonial hollandez no Brasil

Escrito por Watjen, Hermann e publicado por Companhia Editora Nacional

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holandês imitava os seus métodos de luta. Cautamente começaram então a sondar a situação. Duarte d'Albuquerque, donatário de Pernambuco, fez indagar no Recife se a W. I. C. quereria entrar em entendimento sobre a evacuação da região ocupada mediante a indenização de algumas mil caixas de açúcar. Imediatamente Waerdenburch formulou a irônica contra-proposta: sob que condições Albuquerque dispôr-se-ia a entregar aos Holandeses a Capitania de Pernambuco 1. Havendo sido assim repelida a idéia, teve a campanha de prosseguir.No princípio do ano 1633 foram postos à testa do Governo holandês no Recife dois diretores da Companhia: Mathijs van Ceulen, diretor (Bewindhebber) da Câmara de Amsterdã e Johan Gijsselingh, membro da diretoria da Câmara Zeelandesa. Foram eles encarregados pela Direção Geral de tratar de melhorar o trabalho em comum da administração civil e militar, e de aplainar as sempre renovadas divergências entre a oficialidade e os conselheiros políticos. Também tinham por missão induzir por meios suasórios a gente que tinha completado o seu tempo de serviço, mas se mostrasse acostumada ao clima e bem conhecedora da guerra de emboscada, a permanecer em Pernambuco ainda uns dois anos, ou pelo menos, enquanto fosse preciso para que se pudesse assegurar a conquista da Capitania 2. Waerdenburch retirou-se para a Holanda e o Comando em Chefe das tropas de terra foi transmitido então ao Major Laurens van Rembach, com o título já agora sem significação, de "Gouverneur".Depois de haver ordenado a construção do Forte "Prins Willem" a Sudoeste de Antônio Vaz, Rembach


  1. Nota 95: Netscher, p. 63.

  2. Nota 96: A instrução dos Delegados no W. I. C. O. C. Nr. 2.