O Domínio colonial hollandez no Brasil

Escrito por Watjen, Hermann e publicado por Companhia Editora Nacional

Página 117


von Schkopp. O primeiro era um fidalgo polonês e havia ganho as suas esporas nos campos de batalha da Europa. Netscher refere que Artichofsky foi obrigado a fugir de sua pátria, "où on le persécutait pour ses principes sociniéns et anti-jésuitiques. II était venu chercher un asile en Hollande et y avait pris service dans l'armée. On l'appelait généralement Artichofsky, mais son veritable nom était. Crestofle d'Artischau Arciszewsky" 1. Sobre Sigismundo von Schkopp (Schkoppe), oriundo de uma família nobre alemã, nada de mais particular pude colher 2.As cartas do Conselho dos XIX incitadoras da ofensiva levantaram no Recife grande escarcéu. Aí todos percebiam muito bem por que razão a W. I. C. tanto ansiava por feitos decisivos. Quanto mais rapidamente fosse a terra conquistada, mais depressa poderiam os engenhos de açúcar ser postos a trabalhar, em proveito da Companhia. Quanto mais açúcar fosse embarcado para a Holanda, tanto mais prosperaria a sociedade e mais elevados dividendos seriam distribuídos. Em sua insaciável fome de pingues lucros não se apercebiam os Diretores de que estavam exigindo o impossível. A verdade era que as forças combatentes de que dispunha o Governador no momento eram demasiado insuficientes para defenderem o Recife e ao mesmo tempo tomarem a ofensiva. Chegavam, é certo, tropas, canhões e munições da Holanda; mas os novos soldados, que dificilmente se adaptavam ao clima tropical, mal davam para preencher os claros produzidos pelas enfermidades ou morte. Também as dificuldades no serviço de fornecimento e assistência


  1. Nota 85: Netscher, p. 182, obs. 44.

  2. Nota 86: O seu nome aparece nas Atas (Acten) freqüentemente sob forma holandesa como Schoppe ou Schoppen. Lateralmente vêm as seguintes grafias: Schuppen, Schupp, Schupps e Schuppins.