Documentos Holandeses

Escrito por diversos autores e publicado por Serviço de Documentação do Ministério da Educação e Saúde

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MISSIVA DO GOVERNADOR D. VAN WEERDENBURCH, EM ANTONIO VAAZ, AOS ESTADOS GERAIS Datada de 31 de maio de 1631. Recebida a 2 de setembro de 1631. Altos e Poderosos Senhores! É de meu dever aproveitar-me de todas as ocasiões para dar conhecimento a Vossos Altos Poderes da situação em que nos achamos aqui; assim, em minha última carta de 24 de março, expliquei a Vossos Altos Poderes as causas principais por que, até então, não realizáramos novos feitos de armas, a saber ? a ordem dos meus Senhores e Soberanos para conservar a cidade e a falta de víveres, consoante Vossos Altos Poderes puderam verificar mais minuciosamente na carta acima citada. Mas, a chegada de alguns navios com tropas e provisões e, pouco depois, a chegada do almirante-general Pater com 5 navios com duas companhias, o que tudo nos reforçou um pouco em tropas e víveres, vieram decidir-nos a realizar tanto quanto possível os planos a nós enviados ao mesmo tempo por nossos Senhores e Soberanos, porque, para não abandonar a cidade sem o consentimento dos Senhores Diretores (consentimento que esperávamos receber por intermédio do referido almirante-general), e a fim de executar um certo feito de guerra, fomos obrigados a reunir uma tropa de 12 companhias, num total de cerca de 1.300 soldados, e 14 navios com algumas chalupas com cerca de 700 marinheiros; com a retirada dessa tropa militar, não só Antonio Vaaz com as fortalezas circundantes (onde há mais trabalhos por executar, os quais, agora, em conseqüência, estão descurados), mas também o recife e a cidade tiveram de ficar desguarnecidos de tropas. Assim, a 22 último, fizemo-nos a vela juntos, os militares sob o comando do tenente-general Steyn Callenfels e do major Schutt,