tivesse tomado a mesma ilha, surgiu diante do rio de Angre. Depois do meio-dia tornou a fazer-se à vela com vento de terra, e à tardinha chegou à dita ilha, e surgiu meia légua da praia em oito braças e meia, fundo de boa tença. Aqui se deteve a fazer aguada até ao dia 22, quando tornou a fazer-se à vela; não pôde porém avançar para a sul pelas águas que corriam tesas ao norte. A 23 surgiu diante do rio Gabão, onde entrou ao outro dia. A 25 subiu pelo rio acima cousa de três léguas até diante da ilha do rei. Mimoseou este com alguns presentes de pouco valor para obter sua amizade. Aqui ficou surto durante o resto deste ano, ocupada a sua gente em limpar os navios e fazer aguada; e pois aqui o deixaremos, e no ano seguinte terminaremos a narração dos seus feitos depois que houvermos escrito das nossas outras armadas.Este ano foi mui infeliz para a Companhia, pois quase por toda a parte a fortuna se mostrou adversa às suas armas: perdeu a cidade de S. Salvador, pouco fez a armada do general Boudwijn Hendricksz, a facção contra o castelo da Mina falhou desastrosamente. Deus porém reservava-lhe para diante maiores sucessos como a seu tempo contaremos.
FIM DO SEGUNDO LIVRO
SUMÁRIO DO TERCEIRO LIVRO
Continuação da viagem da frota a cargo do general Boudewijn Hendricksz. Entra na baía de S. Francisco onde faz aguada, e uma entra pela terra sem topar o inimigo, que neste ínterim acomete um dos nossos bateis. Os nossos queimam algumas casas, e levam com sigo algumas cabeças de gado. A frota torna a partir, e vai ter a Dominica; observa as vizinhas ilhas Caraíbas, e segue para a ilha Margarita. O general toma o castelo sito nesta ilha com grande perigo de sua pessoa. Tenta outro cometimento mais adiante na mesma ilha, mas mal pode tomar terra. Um naviozinho espanhol apresado. A frota surge em Cubagua; os nossos esbulham a ilha, e queimam as cabanas. Feição da costa setentrional da ilha Margarita. O general segue para o porto de Mochina, dá-lhe o nome de porto Mauricio. Dá ulna vista ao castelo de Ponte de Araya. Disposição do porto Mauricio. É apreendido um navio novo. Os espanhóis destroem suas próprias casas e sementeiras; surpreendem alguns dos nossos, e não os querem comutar pelos seus compatriotas prisioneiros. A frota navega para Santa Fé, onde se provê de água. Passa por Commanagot e outras ilhas, e aporta em Bonayre. Aqui os nossos apanham alguns carneiros, e encontram uma grande pilha de madeira vermelha, que embarcam. É apresada uma galera espanhola com carga de tabaco e algumas mercadorias de preço. A frota chega à ilha Vaca, e depois ao cabo Tiburon; surge no remate ocidental da Jamaica. Disposição do lado setentrional desta ilha. É tomada uma piragua espanhola. Feito do capitão Banckert: briga com quatro navios espanhóis, dos quais toma um, e destrói dois; eram de S. Domingo, e continham uma custosa carga. O capitão surge em Saona, e torna a se juntar com o general. Junta-se também com este o Commandeur Hendrick Lucifer. Parton., juntamente os navios do porto Negrillo; passam pelos Caymões, e avistam a ilha de Pinos. Tomam um naviozinho espanhol novo, mas em lastro; foi artilhado e guarnecido. A frota chega diante do Rio dos Porcos, e depois diante da Coroa. É tomado um barco da pesca das tartarugas, de cuja gente obtém o general algumas noticias. Vai ter ao porto de Cabanas. Disposição dos portos daquelas partes. A frota entra no porto de Cabanas, onde é encontrado um navio recentemente construído. Os nossos fazem uma entrada, apanham alguns animais, e queimam um sitio. É tomado um pequeno barco com tartarugas. O navio novo é queimado, depois de esbulhado do que nos podia servir. Outro naviozinho tomado diante de Havana com carga de madeira; é também queimado. A frota larga do porto de Cabana, e chega diante de Havana. É tomado um naviozinho procedente de Campeche. O