pelos outros navios, e em fazer algumas entradas para haver refresco de animais e frutas. Tendo tomado carga os navios fretados Koninginne Hester e Jonas, o general mandou-os via da Republica, onde só chegaram a 12 de Março do ano seguinte na Zelândia e no Texel. A carga de um e de outro foi a seguinte. O Keninginne Mester trouxe doze pequenos sacos, cada um com duzentas piastras; outro com prata em pedaços, pesando pouco mais de três libras e dez onças, uma cruz ele prata com o peso de pouco mais de uma libra, cinqüenta e uma caixas de açúcar, quarenta lastos pouco mais ou menos de gengibre, cinqüenta e dois cornos, vinte e três caixas de tabaco, nove sinos grandes e pequenos, seis escudelas de cobre, seis caixas e um barrilzinho com quartillos espanhóis, e uma porção de outras obras de cobre. O Jonas trouxe dois mil duzentos e oitenta e cinco couros de Porto Rico, cento e onze caixas de estanho com gengibre da mesma cidade, quatro caixas duplas de açúcar, dezoito colubrinas de ferro, cento e trinta peças de ferro, um barrilzinho de aço, duas caixas de estanho com incenso, dez saquinhos, cada um com duzentas piastras.A 29 a armada levou ancoras, e partio, e ao outro dia passou pela ilha de Mona. Na entrada de Dezembro estava o general junto da ponta oriental da ilha Espanhola. A 9 o vice-almirante com os mais navios juntou-se com a armada: a 14 havia partido da baía, que demora no remate ocidental de Porto Rico, e a 22 estava oito léguas abaixo do porto de S. Domingo, e quatro acima de Ocoa, a traz de uma ponta baixa, onde encontrou bom ancoradouro. Aqui o Gonde Sonne tomou de madrugada um barco procedente do rio da hacha, cujos tripulantes fugiram para terra com o melhor de suas fazendas, e somente acharam no barco trezentos e vinte e sete couros, e obra de dez lastos de sal. A 23 o vice-almirante mandou o iate West-rappel a S. Domingo para, observar que navios estavam no porto. Ao outro dia viu o vice-almirante outro barco, mas não o pode alcançar. Voltou o iate West-rappel, e assegurou a sua gente que não vira navio algum no porto de S. Domingo, pelo que resolveu o vice-almirante ir-se ao dito porto com os navios de sua conserva. A 27 de Novembro, com o Conde Senne e sua prosa foi diante de S. Domingo, e avançou tanto como o porto, de modo que podia mandar as suas balas bem dentro tele. Deu fogo às suas duas peças de proa, e responderam-lhe os da cidade com dois tiros. Viu então um galeão surto no porto, e mais três naviosinhos, e entendendo que nada podia fazer ali, caminhou bordejando de longo da ilha espanhola, para Saona, onde o general lhe ordenara que o fosse esperar. Em Saona fez algumas entradas para caçar animais, mas não apanhou nenhum.A 13 de Dezembro toda a armada se fez à vela, e porfiaram os navios por adiantar-se bordejando para leste; e depois de gastos quinze ou dezesseis dias em caminhar obra de dez léguas pela dita derrota, as perderam em vinte e quatro horas, e assim sobre a noite de 30 não estavam longe de Mona. Como houvesse dois navios, que faziam muita água, e o general visse que não podia remontar-se navegando de longo da costa meridional de Porto Rico, determinou voltar ao remate ocidental de Porto Rico, e depois tentar se
História ou Annaes dos feitos da Companhia Privilegiada das Indias Occidentaes desde o seu começo até o fim do anno de 1636.Vol. 30
Escrito por de Laet, Joannes e publicado por Officinas Graphicas da Bibliotheca Nacional