pedreiros, oito mosquetes, cuja gente se pusera em salvo, e por isso não pôde ele saber donde vinha. Levaram-no os nossos três léguas acima da barra de Corymba, onde surgiram. O Comnnnclero proveu este navio de um capitão, oito homens e quatro negros. Depois pairou. A 25 tomou um naviozinho espanhol, chamado Santo Antonio e S. Lucas, do porte de trinta e cinco lastos, com duas colubrinas, quatro pedreiros e vinte e três homens; vinha de Cadix, com carga de dois mil e trezentos peruleeren (que são vasos de terra de vinte ou vinte e quatro pintas) de vinho, vinte e duas pipas de vinho, quarenta pequenos vasos de azeite, e trezentos de azeitonas. Ao seguinte dia outro navio de forma neerlandesa, chamado Nossa Senhora da Conceição, com dois pedreiros, e vinte e oito homens, e carga de mil e oitocentos peruleeren, e vinte e duas pipas de vinho, quatro barricas de farinha, duzentos pequenos vasos de azeitonas, cem de alcaparras, duas caixas de estanho com setenta e três peças ele tafetá chinês sem lustre e outras cousas. Tiveram também estes navios capitães e tripulação. No dia 1º de Agosto o resto dos Portugueses prisioneiros foram despedidos em um batel velho, e a 3 o Commandeur com seus navios fez-se ir vela, caminhando para baixo primeiramente ao rumo do norte, e depois ao nordeste. A 8 era a altura de 6º 8' à banda do sul; a terra, que avistava, estava coberta de arvoredo, e era escarpada na borda do mar. À tarde surgiu, e estava a ponta meridional do rio de Congo da qual ponta chamam os nossos do Velho Padrão, obra ele duas léguas ao nornoroeste consigo. Ao outro dia entraram os navios, exceto o Dolphijn e o navio tomado S. Francisco, por amor de uma correnteza que os botava para fora; só a 18 entrou o Commandeur no Dolphijn. e o S. Francisco tomou porto em Loango. Neste rio deu fundo o Commandeur e teve trato com os habitantes. A 14 de Setembro foi o Commandeur convidado a sair em terra, e recebido com muito gasalhado pelo Conde de Sonho, cujos conselheiros também foram honradamente tratados pelos nossos. Detiveram-se os nossos navios neste rio, dando uma vista ora a Loango, ora a Marconda, e mais outros lugares, e saindo de quando em quando um iate ao mar para vigiar os navios inimigos, mas não fizeram mais tomada alguma. A 6 de Dezembro o almirante Pieter Pietersz. Heyn chegou com três navios grossos diante deste rio, ele cuja viagem daremos razão, tanto que acabarmos com as coisas desta flotilha. O Commandeur, tendo entre os seus alguns insubordinados; a quem mal podia conter, e mais estando muito desfalecido ele gente, pela muita que ultimamente lhe havia morrido, passou os alevantados para o navio do vice-almirante, onde foram castigados, e dele recebeu refresco de gente, com o que se findou o ano.Como deixamos contado, o vice-almirante Pieter Pietersz. Heyn partiu da Baía com seus quatro navios a 6 de Agosto. Ao dia seguinte, quando havia quase perdido a vista da costa, avistou unia vela estrangeira para o lado ele terra: deram-lhe os nossos caça, e ao outro dia a tomaram. Continha somente duas colubrinas, e vinte homens, e estava carregada de cento e dez pipas de vinho das Canárias, trinta tonéis grandes com farinha, vinte e seis quartões de azeite, e algumas poucas mercadorias. Por ser mui veleiro
História ou Annaes dos feitos da Companhia Privilegiada das Indias Occidentaes desde o seu começo até o fim do anno de 1636.Vol. 30
Escrito por de Laet, Joannes e publicado por Officinas Graphicas da Bibliotheca Nacional