Existem, pois, nesta primeira jurisdição pelo menos 15 engenhos, alguns dos quais foram confiscados, e destes alguns têm sido vendidos e outros estão por vender. Se são engenhos movidos por água ou por bois, e se moerão este ano e quais moerão ou não, são particularidades a respeito das quais até o presente não temos podido haver notícia. Não devem, porém, ser muitos os que moerão, porquanto em razão da guerra e de terem por aí passado recentemente os exércitos de um e outro lado, estão sem dúvida muito arruinados. A principal atividade em que os moradores costumam empregar-se é a criação de toda sorte de gado, sobretudo bois e vacas, que aí existem em grande quantidade e em numerosos currais, e é deste distrito que toda a parte setentrional do Brasil tira quase todo o gado de que necessita, tanto para o corte, como para o trabalho de engenhos e carros. Segue-se a jurisdição de Serinhaém, que se estende do Pirasununga ao Sul até o Rio Marcaípe ao Norte, e está perfeitamente extremada com marcos e pedras fincadas. A esta jurisdição pertence uma parte da freguesia de Pojuca, desde os currais de Marcaípe, compreendendo os engenhos de Francisco Soares Canha e de Miguel Fernandes de Sá, e a freguesia de Una. Aí existem a cidade chamada Vila Formosa de Serinhaém e a povoação de São Gonçalo de Una, além de alguns outros lugarejos. Em Sirinhaém Os engenhos situados neste distrito são:1. Engenho Sibiró de Baixo, sob a invocação de São Paulo, pertencente a Francisco Soares Canha, que ficou entre nós e o possui; mói.2. Engenho Aratangil, sob a invocação de Nossa Senhora da Escada, pertencente a Miguel Fernandes de Sá, que também ficou; mói.3. Engenho Tapicuru de Cima, sob a invocação de Nossa Senhora da Ajuda, pertenceu a Pedro Fragoso, e em razão de sua ausência foi confiscado e vendido a Willem Placard; este ano não moerá.
Fontes para História do Brasil Holandês. A Economia Açucareira.
Escrito por diversos autores e publicado por Cia. Editora de Pernambuco MEC/SPHAN/Fundação Pró-Memória.