lha de terra, na maior parte montes e poucas várzeas; pode anualmente produzir 1.000 a 2.000 arrobas de açúcar e paga com recognição 3 por cento. Mói com água. Engenho Santo Agostinho, pertencente a Antônio Nunes Ximenes, que recebeu nosso passaporte; está situado uma pequena milha mais ao oeste das matas do acima mencionado engenho e tem cerca de meia milha de terra, sendo parte da cana plantada nas várzeas, outra parte nos montes. Mói com água e tem um bom açude e pode anualmente fornecer 1.000 a 2.000 arrobas de açúcar. Paga 3 por cento de recognição. 12 " Engenho Jurisac, pertencente à viúva de Dom Luís de Sousa, chamada Dona Catarina, fugida com Matias de Albuquerque. Está situado uma pequena milha ao leste do mencionado engenho Trapiche e tem cerca de uma milha de terra, com belas várzeas, bem plantadas com canaviais; mói com água e pode produzir 5.000 a 6.000 arrobas de açúcar; paga 3 e ½ por cento de recognição. As paredes da casa de purgar e da casa das caldeiras são de alvenaria, ainda com bons telhados, mas dentro foram apenas encontradas algumas jarras quebradas e os lugares onde estavam assentadas as caldeiras. 13 " Engenho Espírito Santo ou Garapu, pertencente a Filipe Paes, está situado uma milha mais para o interior ao oeste do citado engenho ; tem cerca de uma milha de terra, e nela umas belas várzeas, bem plantadas; mói com água e pode anualmente fazer 5.000 a 6.000 arrobas de açúcar e paga 3 e ½ por cento como recognição. A casa de purgar e a casa das caldeiras são de alvenaria, mas dentro estava tudo quebrado e os lugares onde estiveram assentadas as caldeiras estavam vazios. 14 ? Engenho Algodoais, pertencente a Miguel Paes, situado meia milha distante do citado engenho Espírito Santo, em direção Sul no passo do Ipojuca; tem cerca de meia milha de terra, com poucas várzeas e canaviais; mói com água e pode anualmente fazer 1.500 a 1.600 arrobas de açúcar; paga de recognição 3 e 1/2 por cento. A casa de purgar e a casa das caldeiras são feitas de alvenaria, mas o telhado é muito velho e tudo dentro estava quebrado e as caldeiras foram retiradas.
Fontes para História do Brasil Holandês. A Economia Açucareira.
Escrito por diversos autores e publicado por Cia. Editora de Pernambuco MEC/SPHAN/Fundação Pró-Memória.