A Igreja Cristã Reformada no Brasil Holandês

Escrito por Frans Leonard Schalkwijk e publicado por Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico Pernambucano

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(Ass.) Daniel Schagen, neste tempo Presidente; Samuel Batiler, Assessor; Jodocus a Stetten, Secretário.

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Assembléia Classical realizada no Brasil, no Recife de Pernambuco, no ano de 1637, no dia 3 de Março

Compareceram a esta revma. Assembléia: D. Jodocus a Stetten, predicante em Itamaracá; D. Samuel Batiler, predicante no Forte Norte da Paraíba; D. Fredericus Kesselerus, predicante no Recife; D. Cornelius van der Poel, predicante no Recife; D. Joachimus Solerus, predicante no Recife; D. Teodorus Polhemius, predicante em Cabo de Santo Agostinho; D. Samuel Folkerus, predicante no Forte Sul da Paraíba; D. David van Dorenslaer, predicante em Frederickstat1; Sr. Jan Robbertss, presbítero no Recife; Sr. Major Goudlad, presbítero da Paraíba.Após a invocação do Santo Nome de Deus por D. Cornelius van der Poel, D. Kesselerus apresentou sua carta de vocação e comissão, dada ao mesmo pela Classe de Amsterdam, na qual é declarada a sua vocação constitucional para auxiliar a ministrar a Palavra de Deus no Brasil, e para ajudar a fundar e edificar a Igreja de Deus ali, com muito bons atestados da sua pessoa quanto à doutrina e vida e utilidade no governo eclesiástico.A Classe o reconheceu de boa vontade como tal, e aceitou-o como um dos seus membros, agradecendo e louvando a Deus com alegria de coração por mandar-lhes um bom pastor e mestre, que, neste país, com o auxílio do Senhor, poderá fazer grande edificação, para o que o Senhor lhe queira proporcionar a sua bênção.Depois disso foram eleitos pela Assembléia para Presidente, D. Frederico Kesselerus; Assessor, D. Cornelius van der Poel; Secretário, D. David van Dorenslaer. Feito mais uma vez a oração por D. Presidente, começou-se o trabalho.

1a SESSÃO

Art. 1. É lida certa instrução dada a D. Fredericus Kesselerius pela Classe de Amsterdam, sobre a qual, tendo ouvido uma explicação do reverendo, a Classe ficou satisfeita.2. É também lida uma missiva da Classe de Amsterdam, assim como de Walcheren, para o Consistório do Recife, na qual se queixam da negligência do mesmo Consistório no


  1. Nota 19: Ou Frederica, nome da cidade de Paraíba no tempo holandês; "cidade de Frederico", o "stadhouder" da Holanda, etc. (1625-1637; Idem, p. 33, n. 14).