Historia Natural Médica da Índia Ocidental

como inferior. Pela propriedade muito fortificante e refrescante, aliviam as partes aflitas, refreiam e coagulam os fluxos profusos, fecham os orifícios das veias. Se surgir necessidade ulterior, deve-se cuidar que se corroborem as forças e se estanquem os fluxos, com opiados; também com medicamentos e alimentos adstringentes, fortificantes, sobretudo os que dão refrigério e força aos rins, ventre e fígado. Ademais, todas as vezes que o ventre se exonerar, apliquem-se-lhe fomentações preparadas destes medicamentos, por onde as fermentações e ardores presentes e futuros serão eliminados. Acerca disto se falará mais de espaço no capítulo sobre a inflamação do ânus. A bebida utilizada pelo doente deve ser uma tisana de decocção de Carimá. É útil, também, um ovo que se possa beber com três ou quatro gotinhas de óleo de Copaíba, o que, aliviando, fortificará ao mesmo tempo as partes afetadas; depois lhe dão alívio outras tantas gotinhas com clara de ovo e bômbax, introduzidas no ânus, ou injetadas por meio de um clister. Aos alimentos cozidos prefiram-se os assados. A Pacóba e a Banana, semi-assadas, sejam ingeridas freqüentemente como alimento medicamentoso. Também, estes mesmos frutos cortados em pedaços e secos ao sol, formando uma como que massa, com um pouco de vinagre, podem-se cozer em lugar de pão. Outros remédios nativos a isto acedem, exímios na propriedade adstringente e refrescante, que os primeiros aborígines em parte ocultam como segredos e desejam que desapareçam consigo; parte deles são conhecidos e vão descritos no tratado dos símplices. Dentre estes, têm primazia as conservas e Rob dos frutos de murta de Granada, de ambos os Araçá, Guajába, Mureçi, Murucujá, lanipápa, Acajú.CAPÍTULO XIIIDO FLUXO HEPÁTICO DO VENTRENo ano de 1638, na cidade do Salvador, na Bahia, sitiada durante meses muito chuvosos, nenhum morticínio devastou mais o nosso exército do que o fluxo sanguíneo, um pouco diverso da disenteria nos sinais e na cura; este, embora não