Em vista dos poderosos recursos que lhe havia doado o ano de 1628, sentiu-se a W. I. C. como renascida. Grandes projetos foram objeto de ponderação, e de novo as vistas foram dirigidas para o Brasil. Certamente a tentativa baiana se malograra. Os Portugueses haviam mostrado aos Holandeses, que também sabiam manejar espadas e mosquetes. Mas, porque não poderia uma segunda expedição obter melhores resultados?Particularmente agora que a Companhia tinha à sua disposição cerca de 100 navios bem armados e 15.000 soldados, e dinheiro em abundância. Apenas uma coisa causava séria inquietação ao Conselho dos XIX.Sussurava-se em 1629 que a paz com a Espanha estava à porta. A Diretoria da W. I. C. dirigiu-se aos Estados Gerais e lhes explicou num memorial 1 por que razão a cessação das hostilidades importaria numa sentença de morte para a Companhia. Temos necessidade de dinheiro, ressoa em cada linha, "e só nos traz dinheiro a luta incessante com a Espanha. Se queremos prover o nosso erário., então precisamos capturar navios e pôr em almoeda as presas. A continuação da guerra é, por conseguinte, uma questão de vida e morte para a W. I. C".O destino satisfez o desejo dos Diretores, tão animados em relação às suas vantagens. A esperança da paz desvaneceu-se, a porfiada luta entre os dois adversários continuou, vindo proporcionar à Companhia a possibilidade de desfechar um novo golpe contra Portugal, submetido ao jugo da Espanha.
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Nota 51: Aitzema I, p. 900; Edmundson, Eng. Hist. Rev. XIV, p. 679. O original na Lias. Stat. Gen. Nr. 5770. Datada de 23 Out. 1629.
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