rebelião, pois neste momento não poderíamos dispensar homens e, assim, tratamos, tanto quanto possível, de conservar os que temos; esta particularidade não escapa aos soldados, que estão muito descontentes com ela, de tal maneira que alguns deles e até mesmo oficiais tem vindo entregar suas armas aos seus capitães e, embora não deixemos passar impunes tais atos, seria perigoso querer agir neste ponto com severidade excessiva. Por ora não expirou ainda senão o primeiro período, mas dentro em 6 semanas estaremos também em dificuldades com os que se alistaram o ano passado pelo prazo de um ano ainda, e não vemos de que modo poderemos retê-los aqui, sendo que o número deles aumentará cada vez mais. De acordo com o que Vossas Graças escreveram, esperávamos que a questão fosse objeto de mais interesse em nossa pátria e que não só os recrutas novamente engajados, senão também o novo reforço de 3.000 homens nos fossem enviados, mas, com grande pesar vemos que esta questão foi de novo adiada. Quanto à intenção de Vossas Graças de enviar para aqui um chefe para a dita tropa, só podemos julgá-la inteiramente inútil, pois que temos aqui, na pessoa de nosso coronel Sigismundus van Schoppe e na do tenente-general Balthasar Byma, todas as qualidades requeridas em chefes bravos, fiéis, experimentados, zelosos e ativos; acrescente-se a isto que eles tem a experiência da guerra nestas regiões, desde o começo, e que tem todo o interesse pelo serviço da Companhia, qualidades que dificilmente se achariam reunidas em quem quer que fosse enviado para aqui pela primeira vez. Sempre faltaria a tal pessoa a experiência da guerra aqui e, demais, isto de certo causaria muito descontentamento aqui, por ver-se, após tanto zelo e tão bom êxito, ao invés de uma recompensa, um outro assumir o comando; estamos também convencidos de que muitos partiriam daqui na primeira ocasião, tanto mais quanto o coronel e o tenente-general insistem já agora em obter sua licença, sobretudo o tenente-general, de modo que não pensamos ser possível retê-lo aqui por mais tempo além da partida dos primeiros navios; e quanto ao coronel, talvez pudéssemos persuadi-lo de que deve continuar aqui até podermos partir com ele, mas não por mais tempo. Mas para voltar a nosso assunto, de que acabamos de afastar-nos, devemos insistir ainda seriamente na perda e no indizível
Documentos Holandeses
Escrito por diversos autores e publicado por Serviço de Documentação do Ministério da Educação e Saúde