Documentos Holandeses

mais alguns da companhia do capitão Everwyn, que formava a vanguarda, até cerca de 70 homens; fizeram, então, contra eles uma descarga de todos os lados e caíram-lhes em cima, julgando liquidá-los a todos, mas os nossos foram ocupar um ângulo em que se defenderam tão bravamente que o inimigo mudou de posição e atacou as outras tropas que, nesse ínterim, não descuidaram, por sua vez, de passar o rio; achando-se, porém, alguns mosqueteiros com o capitão Smith já na margem inimiga, fizeram ali rapidamente a sua emboscada e a seguir uma sortida, com este resultado: o inimigo retirou-se para o mato, donde fez, então, contra a retaguarda do sr. tenente-general uma fuzilaria, que o fez também recuar. Assim, tendo toda a nossa tropa passado o rio, reunimo-nos numa pequena colina, salvo alguns aos quais o inimigo cortara a passagem para Brugsken (na pontezinha?) aprisionando-os. Aqui se achava o inimigo novamente, numa alta montanha, fazendo muito barulho com 2 tambores e trombetas, mostrando-se muito furioso e fazendo algumas descargas contra nós sem causar-nos dano, pois atacamos com vantagem um bosquezinho situado ao pé da montanha, que tinha aberta, atrás de nós, uma garganta bastante grande, na qual o inimigo fazia um fogo muito intenso; para por termo a isso, o sr. tenente-general ordenou ao dito Daniel Vilain com alguns mosqueteiros que mantivesse o inimigo fora da garganta, mas ele foi logo ferido por uma bala, que lhe varou a cabeça e cerca de 5 ou 6 outros tombaram mortos com ele em alguns instantes. Diante disto, o sr. tenente-general resolveu imediatamente marchar com os oficiais, que estavam com ele, em linha reta contra o engenho de açúcar, subindo a montanha, para dali fazer desalojar o inimigo; para tal fim deu ordem para que todos os soldados se desembaraçassem dos sacos de açúcar e das presas que traziam suspensos ao pescoço; cumprida tal ordem, nossos soldados arremeteram resolutamente e o inimigo, vendo isso, fez uma descarga de cerca de 10 mosquetes e abandonou assim o engenho de açúcar, que tomamos e no qual reunimos nossas tropas; dai continuamos nossa marcha, sem encontrar o inimigo, até aos Afogados e depois até ao recife, deixando atrás de nós cerca de 70 mortos e feridos e prisioneiros; desse número, entretanto, voltaram ainda alguns, e a 23 do mesmo mês Albuquerque nos enviou 15 prisioneiros com um