Documentos Holandeses

Escrito por diversos autores e publicado por Serviço de Documentação do Ministério da Educação e Saúde

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MISSIVA DO GOVERNADOR D. VAN WEERDENBURCH, EM ANTONIO VAAZ, AOS ESTADOS GERAIS Datada de 9 de novembro de 1631. Recebida em 10 de janeiro de 1632. Duplicata Altos e Poderosos Senhores! Espero que minha última, datada de 7 de outubro, enviada a Vossos Altos Poderes pelo "yacht" de aviso "La Chatte", tenha chegado a suas mãos. Para atender a hipótese contrária, segue junta a cópia respectiva. Desde o encontro com a frota espanhola nada de extraordinário se verificou aqui. O inimigo recebeu parte do socorro a seu exército, a saber ? quatro companhias, segundo dizem alguns brasileiros desertores, e segundo, também, um brasileiro e um português prisioneiros; o resto devia seguir depois com as peças de canhões e as munições, o que, é verdade, não se fará sem grande dificuldade por causa do obstáculo das passagens difíceis, mas eles dispõem, para tal fim, de mais de 1.000 carros, puxados a bois, reunidos nos Engenhos a fim de transportar a artilharia e as munições para aqui. Aliás, o senhor Duardus (sic) de Albuquerque fez reunir (sem contar todos os brasileiros) todos os seus antigos súditos, como italianos e portugueses, quer soldados, quer outros, em estado de pegar em armas, de toda a capitania e lugares vizinhos, de 15 a 20 léguas em redor; este número, segundo informam todos os prisioneiros (entre os quais se encontram um auditor geral, um capitão, um patrão de navio, um comissário de bordo e três alferes reformados), junto ao novo socorro, que consiste em 900 veteranos espanhóis e 300 italianos deverá montar a mais de 10 ou 11.000 homens, e, segundo a opinião ou suposição geral, querem atacar a cidade de Olinda; sou forçado a confessar que, por causa da má situação da cidade e da