plantas, as folhas são quase redondas); o pedículo de cada folha não se prende à folha na fímbria ou extremidade, mas sim a distancia de mais de meio dedo, da ponta para o meio, como sucede no Nasturtium peruviano. Do pedículo das folhas, brota um pedículo do comprimento de cinco dedos, sustentando uma flor amarela pálida, com oito folhas dispostas da seguinte maneira: as quatro coladas na parte superior são pequenas e arredondadas; a estas se acha sotoposta uma ampla redonda; mais abaixo acham-se três pequenas alternadamente colocadas. Na sumidade do pedículo, entre quatro folíolos superiores, emana um grão do tamanho de um grão de ervilha de forma oval, verde por dentro, em seguida rubro; a raiz é longa e contorcida. Esta planta só tem o cheiro herbáceo; suas folhas constituem excelente remédio contra mordeduras de animais venenosos, como serpentes, etc. quer nos homens, quer nos animais, quando se aplicam socadas às feridas, saram sem emprego de outro medicamento. A raiz é excelentíssima contra cálculos; era a que um português dava ao senhor Vander Dussen com ótimo resultado.CAAETIMAY (termo indígena). Erva que cresce até à altura de três pés com um caule verde, meduloso, cercado desde o começo por numerosas folhas, de quatro dedos de comprimento, estreitas, com incisões nos bordos, dotadas de leve aspereza (como o caule) com uma lanugem esbranquiçada. O caule se expande, na parte superior, em quatro, cinco, seis ou sete ramos; tem umas folhas pequenas, semelhantes na figura, às do issope; nos râmulos se acham muitos flósculos, semelhantes às flores de Senécio, amareladas claras, terminando-se em "pappus" que são levadas pelo vento. As folhas desta planta têm um sabor acre e ardente; cozidas e socadas curam, em fricção qualquer coceira.EMBUAYEMBO (termo indígena). Os portugueses dizem Occoembo por corrupção da palavra. Erva tendo uma raiz da grossura de um dedo, contendo uma medula muito mole, torcida, fusca por fora, alvacenta por dentro. Dela procede um caule lenhoso, redondo, verde, do comprimento de dedo e meio ou de dois, carregado de folhas, de um e outro lado, as quais se acham fixadas a pedículos do compri mento de um dedo; são tênues, tenras, do comprimento de dois ou três dedos, de cor verde alegre lustrosa, cortadas por nervos e veias, às quais adere, na parte de baixo, um pó fusco como na Língua cervina. O autor não faz menção da flor, nem da semente. O sabor da raiz é acre.
História natural do Brasil.
Escrito por Marcgrave, Jorge e publicado por Museu paulista. Imprensa Oficial do Estado