silhas que podiam conter 50 libras. Seguiram à noite, sob o comando do major le Grand, com alguns soldados, para um engenho, onde encontraram grande provisão de açúcar, e tiraram quanto puderam levar, ateando-lhe fogo depois. O inimigo atacou-os por várias vezes, mas teve de retirar-se para o mato, com alguma perda, e os nossos voltaram à tarde.No dia 9, chegou da República o Voghel-Struys; no dia 10, o Koninck van Sweden; no dia 11, o Nachtegael; e no dia 12, o Arca Noé. No dia 14, voltou o yacht Gijsselingh da expedição, tendo encontrado em Rio Formoso um navio inglês, o qual o próprio inimigo pôs a pique e incendiou; e, vendo que os nossos iam desembarcar, ateou igualmente fogo a dois armazéns cheios de açúcar, e daí os nossos puderam salvar apenas 12 caixas.Marcharam, depois disso, cerca de duas léguas para o interior, incendiaram dois engenhos e voltaram ao rio sem embaraço algum por parte do inimigo. Fazendo-se à vela do Rio Formoso e chegando ao mar, avistaram uma embarcação, a qual deram caça até quase em frente ao Porto Francês, onde estavam três navios, uns dos quais se escapou, ao ver que os nossos se aproximavam. O diretor da equipagem, achando pouca probabilidade de apanhar o navio, que estavam perseguindo, entrou em Porto Francês e tirou de lá, tanto um navio carregado com 210 caixas de açúcar, como outro que estava vazio; e, como não soubesse bem o que fazer deste, pô-lo a pique, voltando depois ao Recife.No dia 15, entrou no porto o Swol, com um navio capturando, que viera em companhia de outros 11, nos quais estava carregada a maior parte das mercadorias dadas em escambo no Rio da Prata. Este navio havia-se afastado dos outros e calculara estar a umas 150 léguas da costa, quando avistou o cabo de Santo Agostinho e os nossos. Estava carregado com 220 caixas de açúcar, um cofre com cerca de 4.000 reales de oito e alguma prata lavrada, avaliado o total em cerca de 12.000 florins.No dia 17, foram mandados os artigos sobre a concessão de quartel, que o inimigo desejava estabelecer com os nossos; para o que foram comissionados o major Bijma, o capitão Charles de Tourlon, o tenente Tugel e Barbier. Esses foram recebidos por um sargento - mor e um capitão ajudante, em uma casa situada entre o nosso acampamento e o Real, para onde o conde Bagnuolo mandara o seu mordomo com a sua baixela de prata, separando-se dessas comodidades, para dar maior realce à conferência.No dia 19, voltou o yacht Eenhoorn ao Recife, sem nada haver capturado.No dia 22, os veteranos embarcaram, para tomar parte na expedição das índias Ocidentais, e partiram no dia 25, sob o comando de Jan Jansz van Hoorn. Os seus feitos serão narrados depois.No dia 27, foram ambos os srs. delegados ao acampamento em Afogados, para examinar os trabalhos e adiantá-los. Depois do meio dia, chegou Jochim Gijsz, no navio Overijssel, com uma caravela, que capturou perto de Porto Calvo, vinda da Bahia com mais três navios, o mais forte dos quais carregava seis colubrinas. Perdera-se deles, e, quando se supunha estar a umas 40
História ou Annaes dos feitos da Companhia Privilegiada das Indias Occidentaes desde o seu começo até o fim do anno de 1636.Vol. 38
Escrito por de Laet, Joannes e publicado por Officinas Graphicas da Bibliotheca Nacional