ainda terra ao sul quarta de sueste, e calcularam achar-se a cerca de 11 léguas a oeste de Carthagena. Cruzaram ali por alguns dias. No dia 21 as Sierras Nevadas achavam-se a sudoeste quarta de sul, tão longe para oeste, quanto podiam avistar; estavam a três léguas da costa e mais para leste do que calcularam, de modo que nessa ocasião a corrente sem dúvida seguia naquela direção. No dia 23 tinham a ponta da costa de Santa Martha a sudoeste; sobreveio calmaria.No dia 26 tinham Morro Formoso a su-sudoeste, e navegaram para o sul quarta de sudoeste, por causa da correnteza que sae do rio; e, ao terminar o primeiro quarto, fundearam junto ao mesmo. No dia 27, viram uma vela a oes-noroeste; mas devido à calmaria, não puderam dirigir-se para lá, pois já estava escuro.No dia 28 estavam mesmo em frente ao Rio Grande, a uma légua e meia de terra; avistaram uma vela ao norte quarta de nordeste, a qual capturaram ao meio-dia; dirigia-se de Porto del Príncipe para Cuba e tinha 300 couros curtidos, algum tabaco e carne.No dia 29 navegaram entre Morro Formoso e as Savanillas tiraram da presa tudo que lhes servia e deixaram-na prosseguir a sua viagem.Mantiveram-se ali de um lado para o outro. No dia 3 de Novembro, foram vogando para o Rio Grande, a cuia foz chegaram pelas 10 horas, abastecendo-se ali de água, e foram mais para dentro com uma canoa; achavam-se entre a costa e o recife. Este é o ponto mais estreito do rio e tem 15 braças de profundidade; onde estavam fundeados havia cinco braças. No dia 6, pela manhã, estavam junto à Zamba, onde pretendiam entrar, mas foram impedidos pelo vento e correnteza; mantiveram-se, por isso, na vizinhança. No dia 11, entraram no porto de Zamba, e no dia seguinte saíram novamente; avistaram dois navios inimigos, mandados contra os nossos; mas como reinasse calmaria, não se aproximaram. Nos dias seguintes, esforçaram-se por avançar para leste; e, depois de longa demora, porque o vento não lhes não foi propício, chegaram no dia 5 de Dezembro ao cabo de la Vela, onde ficaram fundeados até o dia 17, e foram para trás da ilha de Vacca, para reparar o navio.Deixemo-los agora aí.Antes de terminar a história desse ano vamos relatar o grande desastre sobrevindo na esquadra da Nova Espanha no mês de Outubro último, e isso devido ao receio das nossas esquadras, por terem sabido de S. Juan de Lua tão tarde no dito ano.Fazemo-lo tanto mais, porquanto caíram em nossas mãos cartas da maior importância, escritas da mencionada região naquela época e no princípio do ano seguinte de 1632, e nas quais é feita muito claramente a narrativa dessa grande perda para a Espanha.Vamos primeiro dar o registro ou lista das fazendas que foram publicamente embarcadas nessa esquadra e entregues aos oficiais do rei, segundo consta das mesmas cartas e com o título seguinte: - Registo da Prata, cochonilha, anil, sedas, couros, pau-brasil e outras mercadorias, que vão embarcadas para o reino
História ou Annaes dos feitos da Companhia Privilegiada das Indias Occidentaes desde o seu começo até o fim do anno de 1636.Vol. 38
Escrito por de Laet, Joannes e publicado por Officinas Graphicas da Bibliotheca Nacional