História ou Annaes dos feitos da Companhia Privilegiada das Indias Occidentaes desde o seu começo até o fim do anno de 1636. Vol 33

com sal e tinha além disso 458 reales de oito, 3 caixas de tecidos coloridos de algodão, 5 ou 6 caixas com velas de cera, 8 ou 10 malas com redes e sapatos è mais alguns caixões com roupas e miudezas. À outra foi capturada pelo bote do Walcheren e só tinha sal e um pouco de peixe salgado. Ambas vinham de Campeche. Como a gente desses navios dissesse que chegaria dentro em pouco uma grande esquadra espanhola. o almirante Pater dividiu a sua esquadra em três partes, para mais facilmente a descobrir. A primeira e principal constava dos navios Prins Wilhelm , no qual ia o almiranta . Zelândia , Zutpen , Walcheren e Rave , divisão que devia manter-se no meio para em caso de necessidade ir em auxílio das outras. A segunda era composta do Deventer , do Edam e do Pegasus e devia seguir pelo lado de terra. A terceira compunha-se do Rotterdam . do Hart e do Haen , os quais deviam navegar pelo lado do mar. As duas últimas deviam trocar diariamente as suas posições e todas três deviam conservar-se á distância em que se pudessem avistar. Dessa forma andaram navegando de cá para lá procurando a tal frota espanhola. Juntaram-se á esquadra no dia 8 de Julho o Zeeuwsche Jagherde 80 lastros, com 4 canhões de bronze e 12 de ferro, 56 homens, capitão Jan van Stapel, navio que partira da Zelândia em Janeiro e trouxera também alguns colonos para a ilha de Tabago, e o Zee-Ridder . No dia seguinte veio o Vriessche Jagher , Tais navios foram distribuídos pela esquadra. E finalmente no dia 10 chegaram o Witen Leeuw , o Dolfijn , o Leyden e o Kate , sob as ordens do commandeur Jan Jansz. van Hoorn, de cujos sucessos e viagem até aqui vamos dar um resumo.A assembléia dos XIX resolvera, como no ano precedente, aprestar um grande número de navios e iates e prove-los de tudo para reforçar e refrescar a esquadra do almiranta Adriaen Jansz Pater. Para esse fim partiram no dia 19 de Fevereiro deste ano pela Câmara da Zelândia o navioWalcheren, capitão Jan Mast, 280 lastros, 9 canhões de bronze e 22 de ferro, 155 marinheiros e soldados, o iate Zuydl-Sterre, 30 lastros, 4 canhões de bronze e 4 de ferro e 44 marinheiros, e o Zeeuwsche-Jagher, de que já falamos.Pela Câmara de Amsterdam, sendo commandeur Jan Jansz van Hoorn partiram os seguintes: o navio Witen Leeuw , 250 lastros, 4 canhões de bronze e 26 de ferro, 131 marinheiros, 45 soldados ; o navio Dolfijn, capitão Jochim Gijsen, 140 lastros, 4 canhões de bronze e 24 de ferro, 90 marinheiros e 33 soldados ; o navio Leyden , capitão Albert Hendricksz, 220 lastros, 4 canhões de bronze e 22 de ferro, 104 marinheiros e 42 soldados; o navio Dry Koninglien , 230 lastros, 2 canhões de bronze e 28 de ferro, 132 marinheiros e 41 soldados, capitão Cornelis Meyndertsz; o iate de Katie , capitão Jacob Barentsz., 90 lastros, 14 colubrinas, 52 marinheiros e 21 soldados. Fizeram-se, á vela do Texel no dia 21 de Abril.Partiu um pouco antes pela Câmara de Groninga o navio Vriesche Jagher , 140 lastros, capitão Claes Hendricksz., 4 canhões de bronze e 18 de ferro, 90 marinheiros e 22 soldados.No dia 15 de Maio, pela Câmara de Mosa, partiram o navio Dordrecht ,