História ou Annaes dos feitos da Companhia Privilegiada das Indias Occidentaes desde o seu começo até o fim do anno de 1636.Vol. 30

Escrito por de Laet, Joannes e publicado por Officinas Graphicas da Bibliotheca Nacional

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HistorieOfte

Iaerlijck Verhaelvan deverrichtighen der geoctroyeerdeWest-Indische Compagnie,

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TOT LEYDEN,By Bonaventuer Ende Abraham Elsevier, ANNO 1644. Met Privilegie

ADVERTÊNCIAComo houvesse grande número de diários e o tempo, devido a muitas outras ocupações, me fosse tão curto, não pude tudo referir na Historia que se vai ler. Algumas vezes também pelas falhas que se encontram em vários escritos não me foi possível fazer um registro tão completo e exato como desejara e o leitor talvez esperasse.Pode sobretudo haver sucedido que fossem omitidos os nomes do algumas pessoas que houvessem estado durante esses anos a serviço da Companhia e alguns feitos praticados pelas mesmas ou que não fossem estes descritos minuciosamente.Quem quer que se encontre nesse caso, queira acreditar que não o fiz propositalmente nem para desmerecer o seu valor e as suas virtudes, mas sim por falta de dados.Peço portanto a todos que notarem uma tal omissão na leitura desta Historia o favor de me indicar e do me fornecer as suas memórias ou diários, para que mais tarde me possa lembrar e inclua as informações nos devidos lugares, o que será um serviço a mim e ao publico, ajudando-me assim a completar esta Historia.Posso entretanto assegurar ao leitor que tudo, quanto mencionei, extraí das notas dos que exerceram alguma jurisdição ou intervenção nas operações terrestres e marítimas.Finalmente, como uns foram mais diligentes do que outros no indicar a situação e altura dos lugares, procurei referir todas as observações, para que daí possa ser organizada uma descrição completa. Se alguém me indicar algum engano ou me fornecer novos dados, encontrar-me-há sempre pronto a dar disso noticia com a competente declaração do seu nome.

SUMÁRIO DO LIVRO PRIMEIRO

Introdução a estes Anais e intentos do autor. Deliberação e resolução tomada sobre a interpreza contra a Bahia de Todos os Santos. Descrição da armada aparelhada para este efeito. Viagem de Philips van Zuylen com um navio e dois iates a costa da África. Os iates tomam um pequeno navio diante de Cacheu, metem a pique um barco, incendeiam dois. Reúnem-se ao CoMmandeur em Serra Leoa. 1624. Procede-se na narração da viagem da armada destinada à Bahia. O coronel Dorth decai para Serra Leoa: o almirante com os mais navios vem ter a S. Vicente, uma das ilhas do Cabo Verde onde os nossos refrescam. Daqui partem a 26 de Marco. Descrição da Bahia de Todos os Santos, e lugares adjacentes. Cidade de S. Salvador. A armada avista a costa do Brasil. Acerca-se da Bahia. Ordem do combate assentada em conselho. A armada entra a Bahia. O vice-almirante Pieter Pieterz Reyn aproxima-se da bateria levantada na plataforma, e dos navios portugueses. Destes alguns são incendiados, os mais são levados pelos nossos. Tomam a plataforma à escala vista; encravam a artilharia, e tomam-se aos navios. Número de homens de arma válidos; desembarca-se na bahia de areia. Ordem em que marcham. Chegam com pequena oposição ao subúrbio. O inimigo abandona a noite a cidade, e foge para os bosques e lugares vizinhos. Os nossos entram a cidade; prendem o governador, que ficara só e dão ao saque nas casas. O vice-almirante vem da banda do mar a cidade. O inimigo abandona os seus fortes sem queimar cartucho. Disposição da cidade. O almirante põe termo ao saque, e manda arrecadar as fazendas estragadas. Despojos encontrados, assim nos armazéns, como nos navios tomados. O Sr. van Dorth, depois de ter andado divagando, chega a Bahia, e da providências acerca da disciplina militar e defesa da cidade; convida os Portugueses a se tornarem as suas casas. Acertam de entrar na Bahia alguns navios, que são tomados pelos nossos. O inimigo chega-se à cidade pela calada da noite. O governador, tendo saído para fora das muralhas é surpreendido e morto pelos indígenas. Ocupa o seu lugar o sargento-mor Allert Schouten. São tomados três navios do inimigo. O almirante Jacob Willenkens torna a República, O vice-almirante Pieter Pietersz Heyn parte para Angola. Irregularidades havidas na Bahia. Descrição dos aprestos, que se faziam na Republica. Viagens do Wind-Hond. Continuação da excursão de Pieter Schouten. Chega ao cabo Caldera. Procura entrar em Maracaybo, mas e contrariado pelo vento. Dirige-se a Espanhola, e depois a Jamaica, Chega a ilha de Pinnos, e faz a travessia do Yucatan. Saqueia Sisal, e toma um barco vazio. Passa-se a Cuba, onde toma alguns pequenos barcos. Avista a

frota espanhola, e bate-se com alguns dos navios dela. Navega para Tortugas, e depois para Flórida. Chega as Bermudas. Envia um navio à República, e volta com o Trouwe para as ilhas. Surge nas Virgens. Chega a Dominica, depois de algumas divagações, e finalmente a S. Vicente. No entretanto o Eendracht toma um rico navio do Honduras, mas soçobra nas águas de Tortugas, passando-se a gente para a sua presa, que segue para Zelândia. Continuação da viagem de Philips van Zuylen. Acerca-se do cabo Negro. Todos os navios reúnem-se a ele. Obtém refrescos de alguns portugueses. Toma um navio de Pernambuco com mercadorias, uma fusta com vinhos, e um pequeno navio com farinha. Segue para Luanda, e de caminho toma muitos patachos. Surge no porto de S. Paulo, bate-se com onze navios, dos quais toma dois que são resgatados. Partido daqui, toma mais alguns navios, e entre outros um de popa quadrada, e ainda outros dois. Torna a Luanda, e trata com os de Congo. Pieter Pietersz. Heyn aqui encontra-se com ele. Descrição da viagem de Heyn. Toma um navio carregado de vinho das Canárias. Decai sobre o cabo de S. Agostinho. Chega a Angola, e entra no porto de Luanda, onde toma alguns navios. Manda dois iates a Benguela, que a não encontram, e reúnem-se ao almirante. Este parte para o rio de Congo.

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