SESSÃO 1
Art. 1. O D. Presidente comunicou aos irmãos o motivo da convocação extraordinária, a saber pelo não pequeno embaraço quanto à pessoa de D. Oosterdach, atualmente predicante no Rio (São) Francisco, o qual após a última censura, teria escandalizado mais uma vez gravemente a igreja de Cristo, difamando o sagrado ministério com certos fraudulentos escritos e ações, com o que teria tentado, ou já conseguiu tirar dinheiro de algumas pessoas, pelo que os D. Deputados resolveram fazê-lo vir à Classe que para isso tenha a competência, dando-se previamente notícia a S. Exa e Altos Secretos Conselheiros.2. Os D. Deputados revelaram então mais precisamente à revma Assembléia a dita questão de D. Oosterdach, com a indicação dos nomes daqueles que afirmavam serem seus credores e as respectivas quantias, eles apresentaram logo também as cartas justificativas dele em que confessa algumas coisas de que é suspeito, e, além disso, que ele, devido a alguns aborrecimentos, às vezes tenha se envolvido no mal. E porque até o presente não podia sentir nenhuma segurança de sua particular e interna vocação, ele preferia mil vezes ser demitido do seu cargo e continuar assim seu serviço, com a contaminação de sua consciência e desrespeito ao sagrado ministério.3. Portanto, para se tratar na melhor ordem estes assuntos tão importantes, resolveu-se proceder-se a um interrogatório a respeito dos supramencionados fatos, e apresentá-los ao D. Joannus Oosterdach.
SESSÃO 2
São esses interrogatórios apresentados a D. Oosterdach, com as respectivas respostas.Primeiro (interrogatório), quanto à divergência com o Sr. Jacob Coets,1. Se ele, Oosterdach, recebeu de Christiaen Cobus a soma de 1.134 florins"Resposta: Sim, tanto em dinheiro como em despesas.2. Se ele, para contentar por enquanto a Christiaen Cobus não lhe passara uma letra de 1.500 florins contra o Sr. Jacob Coets"Resposta: Sim.3. Se, então, o Sr. Jacob Coets era devedor desses 1.500 florins a ele, Oosterdach?