A Igreja Cristã Reformada no Brasil Holandês

Escrito por Frans Leonard Schalkwijk e publicado por Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico Pernambucano

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ordem. Os de Itamaracá foram desculpados, porque o Consistório não pôde se reunir.2. Passou-se à eleição e foram escolhidos por maioria de votos para Presidente D. Dapperus; Assessor, D. Kesslerus; Secretário, D. Polhemius.3. Feita novamente a oração pelo D. Presidente, são lidas as atas da Classe anterior, realizada no Recife no dia 3 de março de 1637. Tratou-se do seguinte:4. Quanto a pessoa do D. Kempius, aceito pela Classe como proponente, os Deputados informaram que lhe foi concedida demissão para a Pátria ao seu pedido sincero, com aprovação de S. Exa. e dos Conselheiros Altos e Secretos, por causa da grande fraqueza física. A Classe aquiesceu a isso.5. Sobre o art. 8, sessão 1, a respeito da aquisição de um cavalo para os ministros no exército, os deputados relataram que foi permitido e prometido por S. Exa. e os Altos e Secretos Conselheiros.6. Os D. Deputados relatam, que conforme foram encarregados, sessão 1, art. 9, a fim de pedir a publicação de um edital contra o incesto, tiveram o consentimento para isto; mas como isso ainda não ocorresse, foram encarregados novamente de insistir imediatamente nisto com os ditos Senhores.7. Sobre a Sessão 1, art. 10, a respeito da judia da Paraíba, foi relatado pelos D. Deputados que os Senhores Altos e Secretos Conselheiros permitiram que se tirasse informação com o Juiz daquela cidade; mas, visto os revdos. irmãos da Paraíba nos haverem comunicado que a mesma tem ido assiduamente à igreja e dando grande esperança de sua conversão, ficou resolvido que se esperasse mais algum tempo; determinou-se aos irmãos da Paraíba para doravante dispensarem bons cuidados pastorais a ela.8. Art. 12, sessão 1. Foi comunicado pelos D. Deputados que os Senhores Altos e Secretos Conselheiros resolveram repatriar Sara Henrichs, por causa dos seus casamentos ilícitos; mas como não tenham ainda efetuado essa medida, a Classe requer que D. Deputados insistam como antes.9. D. Schagen, sendo interrogado sobre a celebração desse casamento ilícito, respondera que julgara ser melhor que estivesse casada do que vivesse na prostituição. O que D. Deputados assim como toda a Classe, consideraram inteiramente indecente, e isso contribuiu também contra ele na sua demissão.